quinta-feira, 15 de setembro de 2016

E já sou quase crescido, mamã!

Mais uma etapa na tua vida querido filho. 
Parece que foi ontem que entrei no Hospital de S. João ansiosa por conhecer-te e sair contigo nos braços, e reparo agora que o tempo voou. Cresceste filho, e coube-me hoje, depois de há seis anos o ter feito com a tua irmã, levar-te pela primeira vez para escola para "socializares".
Estes anos em casa da avó foram anos de ouro pequeno príncipe, hás-de recordá-los com carinho para sempre. Hás-de sentir saudades dos abraços, dos beijinhos, do colinho carinhoso, dos lanchinhos preparados com amor e dos soninhos desfrutados ao som de uma história do antigamente. 
Estou certa de que esta avó terá para sempre um lugar especial no teu coração e na tua vida. Não esqueças: ontem foste tu a procurar o seu colo, o seu abraço e o seu mimo; amanhã recebe-a de coração aberto quando ela procurar a tua mão, o teu mimo e o teu abraço.
Foste um herói querido filho! Deixei-te à porta de uma sala que já foi minha, com uma senhora de cara simpática e sorridente, que te recebeu de olhos arregalados como quem recebe um presente especial. 
Com relutância ficaste sem um choro ou um ai. Relembrei-te a história que te fez dormir na noite passada. Colocando a tua pequena mão do lado esquerdo do teu peito guardei-me no lugar mais especial de ti, para sempre que o miminho chegue, a saudade aperte e a vontade de ir para casa seja crescente, e a tua perspicácia fez-te entender que apesar de te virar as costas e ir, um pedaço de mim fica sempre contigo.
De facto, a professora Isabel está longe de perceber o quão especial és tu, meu presente divino. O tempo mostrar-lhe-á a ternura, a meiguice, a boa disposição, que lhe confio todos os dias de coração apertado.
Amo-te filho.

Sem comentários:

Enviar um comentário