quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

As dificuldades de uma mãe que conta até 3

Os dias passam... passam-se meses... e é crescente a dificuldade de alimentar este meu refúgio, de proporcionar a mim mesmo o gozo de refletir sobre os nossos dias; de dar-me ao luxo de reviver as nossas histórias com um já saudoso sorriso nos lábios ou uma lágrima de arrependimento no canto do olho; de aliviar as minhas tensões apenas com a força das palavras; de escrever sobre os meus medos que, afinal, não têm o tamanho da cabeça de um alfinete; de apenas recordar que sou uma felizarda e recusar-me a pensar o contrário, pois seria birra de menina mimada e de um egoísmo imperdoável.
Tenho a certeza que neste cantinho, tão meu - que farei questão de um dia partilhar com eles (os meus amores pequeninos)-, alimento o maior tesouro que lhes poderei deixar - MEMÓRIAS. De uma vida com dias muito felizes, e dias por vezes muito tristes. De pessoas normais (NÓS) que riem e choram, que se desesperam e tanto se divertem, que tanto valorizam o chá das cinco no Magestic como a sandes de porco no "Guedes".
A minha vida não é cor-de-rosa (se repararmos nem a história de vida das princesas da Disney o é). De facto, desde que diariamente o número 3 começou a fazer parte das nossas vidas (em vez do 4 que é um número mais confortável), e após 2 anos e meio, deixei de conseguir defini-la apenas com uma cor. A minha vida é um arco-íris em forma de montanha russa. Tentem recriar a imagem e tirem conclusões, no final, se alguém 
estiver enjoado é pura coincidência! Afinal, já diz o ditado: "Entre mortos e feridos alguém há-de escapar!".