sexta-feira, 30 de maio de 2014

Good morning sunshine!

Cansados de chuva, frio e pés de sabrinas molhados.
Cansados de casacos pesados nos ombros, gabardines e guarda-chuvas e cabelos molhados ao vento.
Queremos sol, ainda que seja um sol "de inverno" com cheirinho a primavera e que espreite envergonhado pelas nuvens.
Queremos um sol tonto, que jogue à bola com as nuvens e as atire fora de área...
Queremos um S. Pedro amigo das criancinhas, de sorriso rasgado e soalheiro, e com elas festeje um fim-de-semana dedicado à família. 
Do pico mais alto do Norte de Portugal ao ponto mais baixo do Sul, sol minha gente, é o que pedimos e não aceitamos desculpas, mais rotas e esfarrapadas que as atuais carteiras dos portugueses! Cá por casa, nem imaginam, os sorrisos são rasgados e nada amarelos ;)

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Ólhaaaaaaa a borrachinha! É pro menino e pra menina!

Cá por casa o tricot continua. Até o querubim de dedos sapudos, que ainda faz xixi na fralda (por pouco tempo pois já pede para ir ao pote) quer aprender a tricotar os mini elásticos coloridos!
E não há quem se livre da bendita pulseirinha da moda. É avó, é mãe, é pai que nem longe escapa, e até o mano que "com o pulso tão pequenino tem que ter uma pulseirinha".
"J. queres uma pulseirinha verde que a mana faz?"
"Xim!" "Eta!", e aponta para um elástico rosa.
"Esse não J.!", diz com ar de refilona. E passa a explicar. "Tu és menino meu querido (beijinho na testa) e os meninos não podem usar pulseirinhas rosinha! Vou fazer-te uma muito linda e para menino - verde ou azul, que cor preferes?".
E voila! Bebé de pulseirinha no pulso e cara sorridente de felicidade!

terça-feira, 20 de maio de 2014

O melhor do meu dia #20



Descobrir que sou rainha.
Sou rainha com rei e príncipes. Sou rainha amada com um reino a que prefiro chamar casa. 
Sou rainha feliz, exigente comigo própria e com os outros, feita de carne e osso e não porcelana ou limoge.
Sou rainha sem coroa (ou apenas de coroa de flores do campo sob os meus cabelos lisos e soltos) e sem sapato de cristal mas de pé de bailarina que detesta ficar parado.
Sou rainha de faz-de-conta, tirada de um conto de fadas. Rainha que adora rir em voz alta e perder a pose, que adora correr descalça na relva com os meus filhos ao fim-de-semana, que amamenta com o peito de fora sem tabus, que sabe dizer sim mas também sabe dizer não, que se emociona com a simplicidade das coisas e a humildade dos atos.
Sou rainha para o meu rei... Para os meus príncipes... Para os que amo e me amam.
Sou rainha de coração aberto, sem máscara ou BBcream, sem folhos ou rendas.
Sou rainha hoje e sempre, pelo menos para alguns!

 

quinta-feira, 15 de maio de 2014

All I need is Family!

Não nasci num berço de ouro mas fui uma criança muito feliz. 
Brinquei na rua de pé descalço sempre que possível, com berlindes e caricas ou a saltar à corda.
Soube o que era sair da escola, sem receios ou medos, apenas com a vontade de chegar a casa e sentir o colo da minha mãe que me aguardava ansiosa com um iogurte ou um copo de leite prontinho e um pão com Planta.
Recordo os pequenos almoços na cama ao sábado de manhã que a mãe com ternura preparava (mesmo depois dos 18) e o gira-discos com ABBA de que o meu pai não prescindia todas essas manhãs enquanto inventava trabalho. Impressionante como ainda hoje com mais de 60 ainda o conheço assim!
Ouço o barulho das gargalhadas dos nossos domingos! O dia começava da melhor forma, na cama dos pais a ver clássicos da Disney, e continuava exatamente no formato que, quanto a mim, este dia da semana deve ter - com almoços em família e corneto de morango à sobremesa.
Recordo que sempre tive jeito para irmã mais velha! Para a Li sempre fui tudo o que esta palavra representa, para o bem e para o mal, e sempre senti que este sentimento forte era mútuo. Minha companheira nas saídas da adolescência, por quem intervinha junto dos pais nos pedidos e nas desculpas, e a quem emprestava roupa mas sempre dei o coração.
Tenho saudades do pão com manteiga, comprado ao quilo e ainda quente, acompanhado de um chá preto em casa da minha avó paterna, ou a semana de praia com direito a cevada quente e banho de água doce no tanque de pedra.
Ainda me lembro do arroz do forno ou das broinhas doces com que a minha avó de coração nos deliciava. Do bolo comido atrás da porta, do saltar a fogueira sete vezes para talhar o treçolho, das rezas a Santa Bárbara por causa das trovoadas... e, da sua pele de 82 anos branca como a neve, linda e brilhante.
Lembro nitidamente do pudim de chocolate da minha tia, ainda lhe recordo o sabor, e os iogurtes caseiros que preparava para as duas sobrinhas casulas. E da casa dela guardo ainda memórias dos meus primos! Das vezes em que me sentei na cama da Faula a ver a sua maquiagem e me sentia quase crescida, ela sempre bem disposta e divertida e linda para arrasar com eles; do carinho com que o P, o mais próximo de nós talvez pela idade, ajudava as primas a subir a escada de madeira até ao seu mundo mágico e com entusiasmo nos mostrava pequenos bichos de quatro patas acrobatas e bebés de pequenos bicos esfomeados. Não me admira que fosse o neto preferido da avó. Sempre foi um doce este meu primo!
E porque falamos de pássaros, sinto falta do avô. Do seu ar refilão, das suas cantorias no pombal, de olhar os seus dedos amarelados pelo vício do "português suave", do seu silêncio.
Hoje, Dia Internacional da Família, e que com o J. pai estou a fazer crescer a minha família, só posso fazer votos para que um dia os nossos filhos não saibam apenas, e de forma abstrata, definir o que a palavra significa mas saibam descrevê-la em pormenor, como aliás, felizmente, os meus pais nos permitiram e orientaram a ser capazes. 

terça-feira, 13 de maio de 2014

Conversas em banho-maria #1


Não tive ainda a oportunidade de conhecer pessoalmente a minha primeira convidada das Conversas em Banho-Maria mas, confesso, sigo tão assiduamente o seu blog que a imagino mais doce que toucinho do céu e mais fresca e viçosa que um ramo de salsa acabada de colher.
A Teresa Rebelo dá corpo, dá "voz", dá alma, a um dos meus blogs preferidos - o projeto Lume Brando.

Redatora publicitária freelancer e home baker, apaixonada pela família que adora mimar, pelos filhos - dois rapazes de 9 e 7 anos -, pelos livros e revistas de cozinha, assume também o contraditório papel - duro e tão gratificante - de gestora familiar.
O blog Mãedas5às8 foi espreitar a sua vida (só um pouquinho), conhecer com curiosidade o seu projeto e tentar desvendar os seus segredos na cozinha. ;)

Quando e como surgiu o projeto Lume Brando?
O Lume Brando nasceu em 2004 (faz 10 anos em 2014!), mais como um espaço de reflexão e comentário sobre tópicos ligados à comida e à culinária e não tanto de receitas. Trabalhava como copy numa agência de publicidade e um colega meu, que já tinha um blog, incentivou-me e ajudou-me a criar o meu (na altura havia códigos de programação que tínhamos de inserir, não era assim tão intuitivo como agora).

Com que objetivo?                                                                                 
Eu sempre gostei de tudo o que tivesse a ver com comida: livros, restaurantes, ingredientes, utensílios. No blog, podia escrever sobre isto sem as limitações de um briefing. Quando os meus filhos nasceram o blog ficou uns tempos parados, mas há uns quatro ou cinco anos reavivei-o e tornou-se assumidamente um blog de receitas, pois percebi que era isso que eu gostava num food blog (a par de boas fotografias e bons textos).

Ser boa cozinheira é um dom ou muitas horas de Master Chef? 
Não acho que seja um dom. Acho que é preciso gostar e praticar (o que implica não só fazer mas também ler, ver, perguntar, etc.). Apesar de sempre ter gostado de cozinhar, tenho a perfeita noção de que hoje cozinho bem melhor do que antes e ainda tenho muito que aprender e experimentar.

Focaccia Tomate&Alecrim
Nos dias de hoje as mulheres têm cada vez menos tempo para dedicar à cozinha, que sugestões dá a uma mulher que trabalha fora de casa, tem filhos e vida social q.b, mas tem também vontade de impressionar na cozinha? Planeamento e boas receitas: julgo que são os dois truques principais.  Há receitas muito simples com wow factor garantido. Se a lista das receitas e as compras forem feitas com antecedência, fica tudo mais fácil. Não devemos complicar: o importante é estar com os amigos e até podemos envolvê-los na preparação da refeição (com um bom copo de vinho a acompanhar, facilmente se cria um momento divertido de partilha e convívio). Os blogs são uma óptima fonte de sugestões e atalhos para petiscos e pratos bons mas pouco trabalhosos.

Gosta mais de comer ou prefere cozinhar?
Escolha difícil! Mas como todas a mulheres (e homens) que cozinham todos os dias, às vezes  dava tudo para não ter de fazê-lo. Acho que escolho “comer”. Sou um bom talher.

Onde faz as suas compras?
Spaghetti com Ameijôas
Em vários sítios diferentes. Sou fiel a muitos produtos de supermercados diferentes, o que torna a logística das compras mais complexa e demorada. Nos frescos, gosto das frutarias ao pé de casa, onde o serviço é mais personalizado e a qualidade (e o preço, infelizmente) é maior. Gostava de ir regulamente aos mercados biológicos, mas os que conheço são ao sábado e os meus rapazes têm imensas atividades nesse dia. Mas há algo que há muito deixei de comprar em super e hipermercados: peixe fresco. Era uma experiência que me deixava sempre frustrada. Agora só compro em peixarias de confiança ou nos mercados das lotas.

Comer bem custa muito?
Custa. E não estou a falar de fazer refeições fora de casa. Podemos ser criativos e tentar fazer refeições saborosas e equilibradas com um budget reduzido, privilegiando as frutas e os legumes da época, mais baratos e melhores do que noutra altura. Mas não vale a pena negar que se quisermos fazer uma alimentação variada e de qualidade vamos gastar mais dinheiro do que se fizermos escolhas básicas. Um exemplo: o frango do campo é mais saudável, mas é mais caro do que o frango normal. Julgo que cada um deve fazer as melhores escolhas, com o dinheiro que tem disponível para a sua alimentação.

O que não pode faltar na sua cozinha? Alho, limão e azeite (e ainda açúcar, ovos, manteiga e farinha, pois faço muitos bolos. Tenho sempre estes ingredientes em casa).

Almôndegas de Salsicha Fresca
Qual a receita que elege para dedicar a mães como eu: profissionais dedicadas, com mais que um filho, que acham que não têm jeito nenhum para a cozinha (e por isso dispensam) mas têm bocas exigentes lá em casa que não dispensam uma refeição?             As almôndegas de salsicha fresca: para ser mesmo rápido é só ter o molho de tomate já pronto (no Verão, costumo fazer panelas de molho de tomate que congelo para ir usando). Servidas com cuscuz simples (para mim o acompanhamento mais fácil e rápido de fazer), são um verdadeiro family 
pleaser.

Na cozinha, qual o pior erro que se pode cometer? 
Cozinhar contrariado ou desistir quando não corre bem.

Quem cozinha melhor, os homens ou as mulheres?                                  Não é uma questão de género. Há cozinheiros e cozinheiras excepcionais. Existe o mito de que os homens cozinham melhor porque há mais chefs de cozinha de topo homens. Mas julgo que essa discrepância existe porque os homens, culturalmente, sempre cozinharam mais por prazer do que por obrigação e sempre se puderam dedicar mais às suas carreiras profissionais do que as mulheres. Ser chef, pelo menos até há pouco tempo, não era uma escolha óbvia para uma mulher que, em casa, tinha de ir diariamente para a cozinha quer quisesse quer não.

O que mais a caracteriza – lume brando ou ponto de ebulição?               
Adoro todo o imaginário do ‘lume brando’ (slow food, tranquilidade, tempo para saborear), mas normalmente nunca saio do ponto de ebulição.

em ponto de caramelo                                                                        (perguntas de resposta rápida sem tempo para quase pensar, caso contrário corremos o risco de deixar passar o ponto)

Granola
Pequeno-almoço, almoço ou jantar? Pequeno-almoço
Peixe ou Carne? Legumes (mas não sou vegetariana)
Doce ou salgado? Agridoce
Olfacto ou paladar? Posso escolher os dois?
Prato que prefere degustar? Adoro entradas (bazulaque, por exemplo: é uma espécie de estufado com os miúdos do cabrito que a minha sogra faz e se come com pão torrado, tipo bruschetta. Delicioso.)
Prato que prefere cozinhar? Assado de legumes.
A sobremesa? Qualquer uma com limão. 
O livro de receitas? Tantos favoritos. Mas tenho um fraquinho pelo Martha Stewart’s Baking Handbook e pelos dois volumes Tender do Nigel Slater.
Cupcake de limão
Ervas aromáticas ou especiarias? Ervas aromáticas frescas. Mas como estas não costumam durar muito na minha varanda, tenho de ter sempre ervas secas e especiarias à mão.
O ingrediente? Limão
O melhor sítio? A cozinha que um dia hei-de ter
O utensílio de cozinha que não dispensa? Raspador comprido tipo Microplane e batedor de varas
A receita?
       Lemon curd
       50 ml de sumo de limão
       1 ovo L
       75 g de açúcar
       1 colher de sobremesa de raspas de limão
       30 g de manteiga à temperatura ambiente
       Levar ao lume o ovo bem misturado com o açúcar e sumo de limão.
       Com um batedor de varas, mexer sempre para não ganhar grumos, até engrossar.
       Deve demorar cerca de 10 minutos. Retirar do lume, incorporar a margarina em pedaços
       e a raspa de limão. Mexer até estar bem derretida e dissolvida no creme.
       Passar para um frasco esterilizado, tapar, deixar arrefecer e refrigerar. 
       Dura cerca de 15 dias no frigorífico.
Os que a inspiram? A família e os amigos (incluindo, os food bloggers que já se tornaram amigos)
Azeite ou manteiga? Azeite
Pausa para café ou chá? Café
Bolo ou bolinho seco? Bolo – recheado, coberto, com muito power
Keep it simple ou “A party without cake is just a meeting” - Julia Child

Obrigada Teresa pela disponibilidade e simpatia com que disse sim a este meu desafio. Obrigada por me fazer reviver velhos tempos, confesso, já tinha saudades! Foi bom voltar, ainda que, apenas, por breves momentos!

segunda-feira, 12 de maio de 2014

O melhor do meu dia #19

Viver o entusiasmo das recordações e saber que voltava a fazer tanta coisa do mesmo modo e tanta outra de forma tão diferente.
A um mês precisamente dessa data especial nas nossas vidas, é bom saber que não tarda nada a mesma emoção será sentida, os mesmos amigos e familiares - mas também outros hoje tão importantes -, estarão connosco num momento inesquecível. 
Olhando para trás vejo que hoje, passados quase 10 anos, temos mais dois grandes motivos para sorrir, eles - a M. e o J.
Em contagem decrescente!

domingo, 11 de maio de 2014

A borrachinha virou moda!

Elas entram na escola e com elas trazem o arco-íris fechado numa caixa. Eles também! Esta nova febre não divide géneros, pelo contrário, é ver quem as tem em maior número, mais coloridas e mais criativas.
Passada a febre dos autolocantes e das cadernetas, dos diários da Violeta,  agora os nossos filhos dão asas à imaginação e, numa onda de criatividade, tiram o lugar às nossas avós - "tricoteiam" -, não meias com fios de lã mas elásticos coloridos, com brilhantes ou em degradé de cor, que depois nos intervalos das aulas comparam e trocam.
Aqui, em casa, a febre não é ainda demasiado alta, mas na escola é a loucura. Em cada canto são malinhas e mais malinhas abertas, com pequenas divisórias sobrelotadas de pequenos elásticos coloridos, e pequenos dedos que "tricoteiam", com a ajuda de lápis, num vai e vem multicolor, fazendo crescer do nada pulseiras de borracha.
Já há mixórdias de temáticas sobre o assunto e vídeos no Youtube que ensinam este tricot dos dias modernos. Enfim, modas! Ninguém sabe ao certo como começam e não há quem as pare!

segunda-feira, 5 de maio de 2014

"Mãe, és de ouro"

Não sou pedra preciosa ou metal valioso que vaidosamente ostentas no dedo ou no pulso.
Não sou chocolate com pepitas apimentadas ou gelado com groselha de frutos vermelhos que gulosamente saboreias.
Não sou estrela que ofusca qualquer brilhar, ou lua misteriosa que a todos encanta e desarma.
Não sou top model, de curvas perfeitas e medidas invejáveis.
Não tenho as unhas perfeitas, os cabelos sempre arranjados, as roupas último grito ou os gestos mais delicados. Não pinto as unhas da tua cor preferida; não tenho caracóis no cabelo... sobre os meus ombros ele cai escorrido e sem graça; não compro o vestido florido que tanto cobiçaste e, é verdade, também limpo a baba do teu irmão à palma da minha mão e esta às minhas calças de ganga.
Sou apenas eu! Básica como me conheces!
Que gosta de branco e azul marinho, que adora margaridas e malmequeres, que fala alto, berra alto, ri alto e salta à macaca contigo. Que corre no shopping e brinca às escondidas. Que se enterra de lama no parque e garante que a margarida mais bonita fica atrás da tua orelha. Que não gosta de brincar   às casinhas mas adora apreciar as tuas brincadeiras de gente quase crescida.
Enfim, esta sou eu! Apenas eu! A tua, a vossa Mãe! Que vos abraça com o maior abraço de urso; que vos prepara os melhores morangos com açúcar do mundo e arredores; que adormece antes que a história termine; que vos ensina que o amor não se divide antes se multiplica; que vos aconchega a roupa da cama todas as noites antes ainda de adormecer; que vos pega ao colo depois da queda e de novo vos coloca no chão caminhando ao vosso lado; que nos lábios tem o poder curativo para joelhos esfolados ou dores de cabeça; que deixa queimar o arroz ou esquece o sal no bife; enfim, esta sou eu, a básica, como aliás me conhecem!
Foto de Ricardo Silva Fotografia (Tales of Light),
em Mercadito da Carlota - Sheraton Porto,
no Dia da Mãe

domingo, 4 de maio de 2014

Amor de filha

Não consigo falar de ti sem que os meus olhos se vistam de uma ternura imensurável e se dispam de qualquer tabu, esqueletos no armário ou segredo oculto. 
Falar de ti é valorizar cada ruga do teu rosto, cada dor do teu cansado corpo, cada palavra pela tua boca proferida... E hoje mãe, passados 36 anos da minha existência, olho para ti com o mesmo brilho no olhar com que te observei pela primeira vez. Hoje, porque também eu sou mãe, valorizo-te mais do que nunca, na esperança tola de que um dia, da mesma forma, seja eu valorizada pelos meus, com a mesma ternura com que te observo dia após dia, com o mesmo amor puro de que ti falo a todos, até a Deus.