quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Outono, outoneiro

Aí está ele... a espreitar quase amedrontado, dando o ar da sua graça, diminuindo aos dias vagarosamente e aumentando às noites descaradamente.
Se por um lado o recebo com um sorriso, por outro confesso a nostalgia do seu regresso.
Outono melancólico, das primeiras chuvas, chuviscos e chuvas serenas. De dias de luz e calor que nos confortam como um abraço quente de amigo... para trás ficam as risadas na praia, o sabor refrescante de uma cidra num dia de insuportável calor, as roupas leves e coloridas sob uma pele que se mostra hidratada e bronzeada, o dolce fare niente... 
Ainda assim, cativa-me o teu gosto especial a compotas, doces e marmeladas acabadinhas de fazer e uma colher de pau que lambuza uma boca gulosa cá de casa; o teu cheiro a vindima, a uva e vinho doce, daquele que deixa um bigode púrpura de espuma; o teu som de castanha assada a tripidar, da cantoria e do calcar da espiga de milho em plena desfolhada.
Graças a ti espreito pela janela. Deve ser das poucas alturas do ano em que o faço! Vejo a rua coberta de folhas, coloridas e secas; as crianças de galochas que brincam nas poças da água das primeiras chuvas e os primeiros guarda-chuvas coloridos que se abrem a um céu ora cinzento ora preenchido por um imponente arco-íris.
Aqui em casa habitualmente reunimos mais à volta da mesa, os serões em frente à lareira são frequentes e o dormir com uma mantinha no sofá é dos nossos passatempos preferidos.
As sestas prolongam-se.
As idas ao cinema ou as sessões de cinema cá em casa com tias e avós são regulares. 
Será assim o meu Outono deste ano?! Confesso que o vislumbro mais melancólico do que nunca, mais de sofá e sestas e menos de serões com amigos. O seu odor sabe-me a esturro e o seu murmúrio é nostálgico como nunca o senti... toca-me na alma, ao de leve, numa tentativa frustrada de não me maçar demasiado.
Estou tentada em ficar em modo de "invernar" e acordar após esta caminhada menos ensolarada. Sei que não o posso fazer menos ainda o devo.
Mente alerta, coração esperançoso, sorriso sincero nos lábios... por mim... pelos meus filhos... por todos!
Venha o cair da folha e a chuva miudinha que molha apenas as cabeças tolas... tentarei proteger a minha!

terça-feira, 24 de setembro de 2013

O meu inimigo público nº 1!

Se pudesse fugia de ti... corria... corria... corria... tal qual cavalo a galope e nem uma única vez olharia para trás, receando que o meu olhar de ódio e desprezo te fizessem odiar-me da mesma forma, desprezar-me ainda mais e, dessa forma ajudar-te a vencer esta corrida. 
Sei que teria que fugir o resto da minha vida, todos os meus dias, e que nem no lugar mais recôndito, fechada na caixinha mais pequenina, encolhida num cantinho imundo, a ti conseguiria escapar. 
Bastava olhar o céu todos os dias (mesmo que fechada dentro de casa) para saber que de ti não há fuga possível. Bastava olhar-me ao espelho (ou mesmo sem ele) observar as minhas mãos, para saber que não me permites fugir-te, escapar-te de forma alguma.
Por isso, TEMPO, que num tic tac infernal que me incomoda os ouvidos e me constrange as atitudes, chegou a tua vez de correr. Corre! Corre! Corre!
Eu cá irei devagar, como na história da lebre e da tartaruga. Corre à vontade! Eu e os meus, andaremos ao sabor do vento de Outono, devagar, devagarinho, quase parados, saboreando cada gesto e polvilhando de açúcar e canela cada momento desta minha vida... nossa vida... deliciosa experiência!

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Piripiri sem picar!!!

Hoje lembrei de férias, talvez por estar extremamente cansada e só pensar como posso ter eu vindo de férias há menos de um mês?!
E do que havia de lembrar-me eu?!
Mais um episódio hilariante da M.
Hora de jantar... Albufeira... em frente a hotel e restaurante de top!
Noite quente e agradável, excelente para sair para jantar... infelizmente para nós e umas quantas outras pessoas e, por isso, opções mais limitadas!
Digo: "Está imensa gente e, por favor, quero jantar sossegada!"
M. "Oh mãe! Não me digas que vamos jantar ao Picante?!"
Claro que o que a M. queria dizer era ao PiriPiri...
Foi tão engraçado! E pelo vistos continua a ser! Sempre que me lembro de férias lembro-me deste pequeno episódio e, claro, de como foi tão bom estar a quatro, sem horários, sem stress... nem mesmo o acordar cedo custava tanto!
Piripiripiri piradinha... ela está maluca... ela está doidinha! 



As fadas, afinal, existem mesmo!

Há momentos em que sinto especial orgulho em ser mulher, em ser portuguesa, em ser mãe!
E a semana passada, numa das minhas pesquisas diárias notívagas, tive um desses aprazíveis momentos. 
Estou sempre atenta a novos projetos, inovadores, de mulheres empreendedoras, que fazem coisas belíssimas e o fazem a pensar em nós mães e nos nossos filhos. O resultado dessas pesquisas não o guardo para mim, gosto de partilhá-lo e mostrá-lo ao "mundo" pois entendo que há mulheres valentes (mesmo em tempos de Troika) que qual Padeira de Aljubarrota não baixam braços e lutam por um futuro melhor, perseguem sonhos e não desistem de ser bem sucedidas, e por isso merecem ser reconhecidas de todas as formas possíveis e imaginárias.
O projeto de que vos irei falar hoje é de uma delicadeza e de uma beleza que confesso me deixou de lágrimas nos olhos.
Já conhecia as propostas da Tilly da estação passada e achei adoráveis, contudo, as propostas que nos apresentam na antevisão da coleção de Inverno 2013/2014 são realmente ímpares. Os tecidos são lindos - o tipo de tecido, a seleção de estampados, as cores -, esta coleção parece que foi feita a pensar nas nossas filhas! Um mundo encantado pintado de verde ou branco, verdadeiros anjos no feminino caídos do céu, e tesouros de corte e costura que só mãos de fada eram capazes de conceber.
Folhos, rendinhas, lacinhos que realçam rabinhos e pernocas ao léu. Para mães de meninas uma verdadeira tentação!
Convido-as a assistir ao vídeo de making of da coleção de Inverno da Tilly e depois digam-me alguma coisa? Qual a primeira coisa que vos vem à ideia depois de o verem?





quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Estou babadíssima - "Approved with Distinction". WOW!

Ontem foi o dia de regresso às aulas de ballet. 
No corredor do colégio ouvia-se a música e a voz da professora "Plié, meia ponta, ponta e piruueta"... de repente, um grupo de pequenas bailarinas cor-de-rosa pintarolitam o corredor e enchem de risinhos marotos o silêncio do auditório. E que linda passa a minha bailarina de eleição! Em jeito de bailarina profissional, com postura e ar musical.
A M. desde muito pequenina é musical. Ainda muito bebé e já adorava dançar, sem vergonhas em cima de qualquer palco. Em espetáculos de bebés fazia um sucesso e eu ficava cheinha de orgulho. O meu pai diz que ela sai à mãe... bailarina e cantadeira! Bom uma coisa sei dizer-vos quando era mais nova dizia sempre que um dia haveria de ser bailarina. Não o fui, mas sinto que a dança devia ter ocupado um lugar mais importante na minha vida pois é algo que me faz vibrar. Até me arrepio quando vejo filmes em que eles dançam e dançam e dançam... Pois bem eu não o fui mas nunca se sabe se não terei em casa uma futura bailarina. Lá jeitinho tem ela... e postura... e gosto... e pose.... e fica linda de maillot e sapatilha de bailarina!
Em julho teve exame e treinou, treinou, treinou... ia confiante apesar de recear por a "examinadora ser estrangeira". Eu estava num misto de esperança e nervosismo. Sinceramente esperava que tivesse uma boa classificação pois sei avaliar o que vai fazendo e a forma como se apresenta (importantíssima neste caso) mas nunca pensei orgulhar-me da minha pequenina como ontem.
A minha bailarina passou para o grau seguinte com distinção, obtendo a classificação máxima. Fiquei tão emocionadamente feliz! A professora (por quem a M. tem admiração extrema... eles são os vestidos, os cabelos, a elegância... tudo na C. é o máximo para a M.) informou-me que a M. tinha tido a nota máxima no exame e que a continuar este caminho de trabalho ela poderá vir a ser uma excelente bailarina pois tem expressividade, musicalidade e muito maturidade.
Claro que fiquei super feliz... claro que fiquei super orgulhosa (a minha bebé!)... claro que a abracei muito e muito e muito... claro que apenas quero que se divirta e seja feliz. Esta é apenas mais uma porta que lhe estou a abrir para que o seu futuro possa ser o que ela quiser.
Parabéns filha, é cada vez melhor ser tua mãe! Adoro-te!

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Até os anjos se roem de inveja!

Adoro ver bebés e crianças a dormir! São ainda mais lindos. Os traços acentuam-se, ficam tranquilos, parecem anjos. 
A M. estes dias tem dormido ao meu lado e consigo perceber cada pequeno detalhe do seu rosto cada traço que a distingue. E se acordada já a acho uma princesinha (e não são os meus olhos de mãe!), a dormir fico encantada! Tão tranquila e tão perfeitamente perfeita! A boquinha parece uma cereja... 
O J. por seu lado é o verdadeiro bebé Nenuco. Um loiraço lindo que dorme de boca aberta depois do dedo polegar (que sugado insistentemente até adormecer) cair ao seu lado. 
Sempre tive cuidado na forma de os vestir. Gosto de os ter limpos mas também bem vestidos, mesmo que durante o sono. Já dizia a minha avó que nunca se sabe o que a noite nos reserva e, por isso, devemos estar sempre impecáveis até para dormir.
Por vezes receio peças muito ornamentadas pelo desconforto durante o sono, mas hoje descobri mais uma marca que prova que um bebé ou criança pode dormir muito bem vestido, com gosto e requinte, mas também com muito conforto e qualidade.
A Sleeping Chic propõem precisamente este tipo de soluções a todas as mães. Com modelos de pijamas giríssimos dignos de pequenos principezinhos, camisas de dormir tiradas de um qualquer livro de conto de fadas, e umas fraldas que mais chic impossível! Estas últimas um excelente presente de nascimento ou mesmo de batizado. Lindas! 
Agora sim os nossos bebés podem ficar ainda mais bonitos a dormir sonos de anjos. As opções são várias e lindas, dificil é escolher!
As cores das peças denotam sobriedade e distinção, a aposta nas rendas uma excelente opção pela sua singeleza e transparência e os folhos e lacinhos que rematam na perfeição.
É em alturas como esta que tenho uma vontade enorme de viver a maternidade de novo. Puder usar e abusar de fofos (apesar de achar que o J. ainda está em idade para isso), de rendas e folhos, bordado inglês, etc, repetindo talvez a proeza de ter mais uma princesa. Para elas há mil e uma opções. Como estas da Sleeping Chic, muito sofisticadas que apelam ao extremo bom gosto até na hora em que os nossos diabinhos viram anjinhos e merecem estar vestidos à altura!







domingo, 15 de setembro de 2013

Não há três sem um quarto!

Foste e eu eu vi-te partir!
Um abraço apertado entre soluços e um olhar profundo trocamos. "Amo-te. Cuida bem dos nossos filhos!" a frase que ainda martela nos meus ouvidos. Sei bem o que significa para ti, para mim, para nós e para os nossos pequenos tesouros. Cuidarei! Mas, no fundo, sei bem que não te substituo, nem pretendo. O teu lugar de pai extremoso está aqui! No sítio de sempre!
Estou há sete horas sem ti. Não mais do que um dia de trabalho e, por isso, não devia sentir-me como me sinto. Pelo meu rosto caem lágrimas sentidas que prevêem a tua partida não apenas por esta semana. Ambos sabemos o que esta semana significa! Longas semanas, insuportáveis meses...
Conto apenas três e a casa sem ti é insuportavelmente vazia! O J. dormiu mais cedo do que o costume e a M. está no sofã (já de pijama) com falta das tuas mãos de pai mimalho. 
"Ainda falta muito para o papá voltar?!"
"Se tivessemos o papá aqui! Já tenho saudades dele!"
"E ele tuas fofinha!"
"A sério que ele tem saudades minhas?" O coelho "Orelhas" já as tem feitas num S de tanto a M. as enrolar. Pobre Orelhas! Pobre M.! 
"Mamã tu vais ficar sempre comigo não vais?"
"Sim claro filha! A mãe está aqui!"
Também ela sabe que na nossa família o caminho da vida é feito em família! Sempre com todos tão perto! Rindo juntos nas alegria, ultrapassando em conjunto os obstáculos e dando força nos momentos de maior sofrimento. Sabemos o objetivo desta viragem na nossa vida e, por isso, só posso acreditar que vai dar certo!

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

E de tanto espreitar... ei-lo!

Hoje foi o primeiro dia do resto da tua vida M.
Acordaste ansiosa, melhor... madrugaste ansiosa! Sim porque hoje não tiveste "palhas na cama", como dizia a minha avó. Acordaste com as galinhas!
Estavas ansiosa por rever os teus amiguinhos, sentir o peso da tua mochila e conhecer a tua nova professora.
O colégio estava uma azáfama e a tua sala repleta de carinhas curiosas e respirações ofegantes... também estava repleta de pais! Mães e pais que partilharam com os seus filhos (como partilhei contigo, minha querida M.) este dia tão especial.
Estás mesmo uma senhorinha! Ao ver-te chegar tudo menos apreensiva, muito ágil e independente compreendo filha, como cresceste. E estás uma senhorinha linda, responsável e muito dona do seu nariz. Para mim continuas a ser a minha bebé. Tão especial... tão bonita... tão docinha... tão minha!
Que esta nova fase faça perdurar o teu lindo sorriso! A mamã cá estará para ajudar-te sempre.




segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Já vejo o 1º ano por um canudo!

A M. ainda está de férias. Desde julho que as goza em casa da avó L. e do avô M. a aproveitar o jardim e a piscina e todos os mimos (gastronómicos e não só) da avó.
E nota-se bem a diferença do dormir mais, do descansar mais e do andar mais relaxada sem o stress de cumprir horários. A diferença é notória: mais torneada e mais crescida, até porque, afinal, está já aí uma nova fase... uma fase de gente crescida! Com obrigações, privações, e umas quantas outras palavras de gente crescida terminadas em ões - a entrada no ensino básico (primeira classe do meu tempo).
E para esta nova fase há que escolher mochila, que deve ser gira mas acima de tudo confortável, resistente e a um preço acessível (escolher a mochila ideal); livros escolares (não há como fugir, a alternativa pode sempre ser consegui-los em segunda-mão quando há garantias de que foram bem estimados), material escolar (aqui sim procurar é o segredo e diz-me a experiência recente que pesquisar preços em lojas online pode ser uma excelente solução, fazem entregas em casa a um preço de portes justo e poupam-nos em muito do stress de andar de um lado para o outro).
Lembro-me perfeitamente do entusiasmo que senti quando, há 30 anos atrás, recebi a minha primeira pasta escolar. Os tempos eram bem diferentes dos de hoje... éramos felizes com menos e talvez por isso mais criativos (as notas de Monopólio eram também os tostões com que fazíamos compras na lojinha das nossas brincadeiras, os trajes de carnaval as fatiotas com que íamos a bailes e chãs da cinco), éramos menos exigentes e, também por isso, felizes com um simples berlinde, carica ou bola pinchona. 
Hoje, passados 35 anos tenho em casa uma sagitariana que como eu entrará no 1º ano com apenas cinco anos. Cinco anos bem diferentes dos meus - os dela mais sábios, mais refilões e independentes, menos envergonhados, mais desenvolutos, contudo igualmente inocentes e infantis.
Hoje, passados 35 anos olho a minha filha e recordo o brilho do meu olhar nos olhos dela. E que saudades me dá de voltar a ser criança... de mochila às costas com o entusiasmo de primeiro dia de escola.
Vamos lá aos preparativos. O 1º dia no colégio está quase quase a chegar! 


A minha primeira mochila escolar era uma pasta como esta
mas do Ursinho Micha e os seus amigos, da Ambar.
Que pena hoje a Ambar não apostar nestas coisas e dar o salto!


 A M. fez questão de ajudar nos preparativos do seu material. 
Afinal, ela é que vai para o 1º ano! E maia nada!

Lápis de cor da Giotto com espaço pré-definido 
para identificação com Nome. Boa!

Coleção da Ambar 2012... este passarinho é um delírio!

domingo, 8 de setembro de 2013

Afinal, por cá também as há!

Minha pequena traquina com menos de 1,30 cm hoje foste rainha e senhora num mundo de encantar, de magia, onde meninas são princesas e se vestem de cor de rosa e usam coroas que brilham. 
Pela porta de um Bailio entraste e mergulhaste num universo medieval que encarnaste na perfeição.
Teatreira e vaidosa, bailarina e tão doce! Senhora do seu pequeno nariz viveste um sonho no tempo de reis e rainhas, feiticeiras e magos, cavaleiros de lança e espada, de um tal D. Fernando que pelo amor de uma D. Leonor foi contra tudo e todos, e foi feliz! Porque todas as histórias de amor aos teus olhos têm um final cor de rosa, como qualquer uma das histórias ou contos de fada que em casa barramos a marmelada, bem doce e com cor!
De coroa de flores na cabeça e um traje que tilintou e esboaçou por onde passaste, anca gingona que rodopiou, rodopiou, rodopiou... organzas leves e frescas que muito esboaçaram num bailado descontínuo, ficaste ainda mais bonita filha... minha querida filha!
Na "plateia" olhares curiosos de crianças de uma tristeza inocente e de adultos que prazerosos sorriram em sinal de aprovação. "Anda no ballet não anda?!"
Quanto aos meus olhos esses observaram-te com orgulho! És tão linda minha filha! Do lado de lá da objetiva, que com dificuldade tentou registar todos os teus momentos, tentei esconder a emoção de ver-te brilhar de forma tão infantil e doce! As tuas gargalhadas estridentes de alegria foram melodia para os meus ouvidos de mãe. E que mais pode querer uma mãe, senão vê-los sorrir de felicidade!?
Foste uma dançarina medieval por uma tarde num mundo encantado e encenado, contudo, lembra-te sempre M., lá em casa és todos os dias, 365/366 dias por ano a nossa princesa!
Mas se de um lado tive por companhia uma princesa encarnada, do outro acompanhou-me um príncipe que toca tambor e distribuiu sorrisos por todos os que passaram! Música para os meus ouvidos!


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Azul será o tom?

Aqui por casa andamos numa azáfama. Entre a preparação do início de ano lectivo que este ano é mesmo a sério (sobre isso falaremos nos próximos dias) e pesquisas na internet de vestidos de batismo, não falta que fazer!
Ainda não vos contei mas brevemente serei madrinha de uma linda bebé chamada Beatriz, filha de dois dos nossos melhores amigos.
Felizmente a vida surpreende-me sempre com pessoas muito especiais, e a E. e o O. são realmente amigos muito especiais na nossa vida. Juntos já vivemos brincadeiras de infância e namoros de  adolescência e hoje já não a imaginamos sem eles.
Supreendente a vida entendeu separar-nos por um período de tempo. Por nenhum motivo especial apenas porque sim, e ela mesma, porque muitas vezes sabe melhor do que nós o que faz, tratou de voltar a juntar-nos com o nascimento da M. e da primeira filha deles a R. (uma das melhores amigas, senão a melhor, da M.). Agora, de uma forma tão supreendentemente bela, decide reforçar esta amizade. E como poderíamos dizer-lhe não?!
Foi uma satisfação enorme e uma alegria imensa a receção deste convite. Lá no fundo, confesso, vivemos um sentimento irrequieto de estarmos a dizer sim a uma responsabilidade enorme, que deve sempre fortalecer a nossa amizade e nunca feri-la. Contudo, este acto de carinho só podia ser abraçado com a mesma humildade com que nos foi dirigido. Defendo que para qualquer pai e mãe não é uma decisão fácil de tomar, é pensada cuidadosamente e feita em consciência a pessoas especiais. Foi assim que o fizemos com os nossos filhos!
A minha pequena Bia é já uma princesa e por isso num dia tão especial, que lhe é dedicado apesar de tão pequena e que também por isso tem para nós pais e padrinhos, avós, amigos e familiares, uma importância suprema, só pode estar ainda mais linda. Sem vacilos aqui a madrinha babada já anda em pesquisas e estou apaixonada pelas sugestões da Ana da Ma Petite Princesse. Para já a Ana é uma querida, com imenso bom gosto (só pode sair à mãe que é uma mulher muito elegante e bonita) e, obviamente, porque é mãe e por isso conhece bem as nossas preferências e as nossas dúvidas. Uma mulher do Norte, de jeito delicado mas com muita garra (também aqui não sei de quem herdou a virtude) que trabalha, é mãe e ainda tem tempo para se dedicar a um sonho e tornar os nossos sonhos reais. 
Será que esta Ana é uma Fada Madrinha saída de um conto de fadas qualquer? Se calhar não, mas bem podia sê-lo pois tem o dom da transformação! Transforma tecidos e esquisos em peças de uma beleza especial.
Partilho um dos modelitos que adorei. Vamos aguardar pela opinião dos pais. Confesso-me um pouco receosa pelo facto de ser azul, há ainda um certo "preconceito" com azul em meninas, mais ainda em batizados mas, qui ça, não serei surpreendida?!
E a vocês que vos parece?





quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Diário de bordo: umas férias na 4ª dimensão

Lá fomos nós de malas aviadas... 
A porta de casa bateu-se... ufa, conseguimos! Mala do carro apilhada, miúdos prontos e eufóricos, e nós a rezar para que a viagem (de mais de 400 km) se fizesse entre sonos, soninhos e grandes sonecas...
13 dias longe de tudo e de todos... de telemóvel, de FB, de computador, de gatos, coelhos, passarinhos e peixinhos, longe de arrumações e desarrumações, de reuniões a horas decentes e indecentes... longe, a quatro numa 4ª dimensão qualquer!
E foi bom... muito bom! 
Dias atribulados mas deliciosamente atribulados... cansativos sim, mas deliciosamente cansativos. Brincamos, rimos (rimos muito), mimámo-nos, saltamos, nadamos, corremos e saltamos, comemos muito bem (sim, porque contrariamente ao que se diz, no Sul também se come muito bem, muito bem mesmo).
O J. cresceu e com ele cresceram mais dois dentitos e a espreitar está um outro, contam-se assim cinco. Escureceu-lhe ligeiramente a cabeleira loiraça de anjo papudo (que de papudo tem pouco) mas ainda assim continuou a ser o loirinho simpático que fez furor em terras alentejanas e algarvias. O J. mimalho que cativa com o seu sorriso rasgado, o seu dedo polegar na boca (do tipo bebé Nenuco) e o seu jeitinho dengoso e único.
A M. ficou ainda mais linda! Uma morenaça linda de cabelos compridos e rebeldes, de olhos de uma expressão única e de um sorriso maroto e cativante. Fomos de férias com ela e com a sua refilonice, claro, e suas respostas sempre inexplicavelmente aguçadas mas sem berros, sem birras, mas antes uma alegria imensa e um mimo de felicidade escandaloso.
Eu e o J. pai procuramos retemperar energias mesmo em vigilância 24 horas. Recordamos velhos tempos, velhas histórias, procuramos algum espaço a dois (e não é fácil com duas crianças)...
Foi bom... muito bom!
No Alentejo interior o ambiente foi familiar, no local habitual a que também nós, como tantos outros, chamamos "a casa"... A herdade que nos recebe durante o ano e a que já conhecemos os cantos e que sempre nos recebe de forma tão única e calorosa, que nos mima, que conta histórias, que vibra com as gargalhadas desta gente de palmo e meio e que nos proporciona momentos e experiências tão especiais.
Recordo o sabor meloso dos figos colhidos pela manhã; a beleza indescritível do pôr do sol que se vislumbra pela janela da sala de jantar e que, delicadamente, abraça o lago; o som da cotovia e das suas asas esvoaçantes que ora poisa no choupo ora se deleita sobre as águas; o som das pequenas rãs que desafiam os miúdos numa brincadeira de esconde-esconde; a imponência das oliveiras que se estendem ao sol - quente, abrasador, implacável; o cheirinho das pêras doces e suculentas que peneirentas descansam na fruteira todos os dias e fizeram as delícias de pequenos e graúdos após as refeições; o grito estridente (por vezes incómodo) dos miúdos que se divertem na piscina ou na caixa de areia, entre castelos de areia onde habitam princesas e dragões e lagos encantados com peixinhos e tubarões.
No Alentejo foi bom... muito bom!

 

O Algarve foi a cereja no topo do bolo. O verdadeiro "dolce far niente". Sol, praia, cheiro a maresia, a bolinha com creme que foi passando e nunca nos passava despercebida, horas tardias (ou nem tanto) para recolher e matutinas (às vezes até demais) para levantar, pequeno almoço de rainha, cama de rei e almoços e jantares de verdadeira princesa, mergulhos e contra-correntes, pirolitos a saber a sal e bocas lambuzadas de areia a saber mal, tererés depois de muito calcorrear e muita tagarelice sem nada custar!

        


Foi bom... muito bom! Foram férias e está tudo dito!

Ps. Ficam algumas sugestões de onde comer bem no Algarve:
Veneza (Paderne) - garrafeira e restaurante excelente, com vinhos de excelência a copo e os típicos pratos algarvios confeccionados com mestria por mais uma Maria deste Portugal das Marias. Atendimento 5 estrelas! Aconselho reserva.
Flor do Mar (praia da Falésia) - excelente peixe fresco de mar a preço muito acessível.
Pizzaria Falésia (praia da Falésia) - massas deliciosas, pizzas muito bem confeccionadas e com diversidade de ingredientes, um tiramisu divinal e um atendimento jovem e super simpático!
Retiro do Camponês (Vale Judeu) - excelente salada, pão delicioso (cozido em fornos a lenha), carnes maravilhosas, ambiente descontraído e típico. Só abre ao jantar e é muito procurado por isso aconselho reserva. 
Le Club (praia de Sta Eulália) - excelente opção para almoço, jantar ou até mesmo um lanchinho. Infelizmente não tivemos oportunidade para jantar mas não deixamos de nos regalar com as tostas e saladas excelentes. Aqui a bolinha de praia é mesmo muito boa! Das minhas preferidas... É de comer e engolir a gula para não repetir. E apesar de não ser comida com o   pé na areia, esta fica a dois escassos passos!
Piri Piri (Albufeira) - ambiente totalmente aconselhado a famílias, muito cosy e agradável. Um espaço bonito, descontraído chic! O frango é dos pratos mais famosos e percebe-se o motivo... delicioso à visão, olfato e paladar! 

domingo, 1 de setembro de 2013

24 horas dont' stop

Nunca entendi verdadeiramente a justificação para o bom acabar depressa! Sempre achei que o bom dura o tempo que tiver que durar como o menos bom. Devemos é vivê-lo o mais intensamente possível para sentir que marcou as nossas vidas, nos deixou marcas... Contudo, hoje, e de regresso, depois de umas férias bem passadas a quatro, e entendendo ou não a bendita ou maldita frase, certo é que estas férias foram tão boas, tão boas, tão boas que souberam realmente a pouco e acabaram depressa demais!
18 dias totalmente dedicada aos meus três grandes amores - seis por terras alentejanas, oito a desfrutar das maravilhosas praias algarvias e os restantes quatro entre os preparativos eufóricos da ida e a nostalgia tristonha do regresso. 
Sem FB, sem portátil, sem emails, sem telemóvel (ou quase)... 
Não foram dias de descanso pois com crianças temos de tudo menos sossego, mas foram dias divertidíssimos... de sorrisos, de carinho, de muito mimo, muito sol e muitos mergulhos.
Está prometido contar aqui, nos próximos dias, as peripécias destes dias e partilhar algumas fotos de uma mãe em serviço 24 horas.