Um Corneto pra mim, um Corneto pra ti... e a M. a sorrir!

Alguém se lembra desta ladainha ou sou eu que estou a ficar "cota"?!

A M. adora gelados e apesar de só lhe permitirmos estas pequenas "asneiras" ao fim-de-semana o certo é que já tenho o congelador cá de casa munido dos nossos preferidos. 

Aqui em casa o Corneto é eterno. O sabor é o que menos importa para a M. e lá se importa que para o pai o preferido seja o de morango e para a mãe o de chocolate, exigências à parte para ela tanto faz melhor, não é de esquisitices! 

Se para mim Corneto era no passado sinónimo de pai, domingo, verão, morango, hoje é o mesmo que euforia, olhos que brilham, sofã, momento a três - pai, mãe e princesa (ao passarinho J. ainda é interdito participar destas festanças!), bigodes de gato guloso que não se satisfaz... E seja verão ou inverno, depois de almoço ou após o jantar, é sempre uma tentação agradável à qual nem sempre é fácil resistir.

Era ainda a M. muito pequena quando instituimos cá em casa (e de forma a controlar a ingestão de todas as porcarias que tios, avós, amigos e vizinhos teimam em gentilmente oferecer) a regra de "guloseimas só ao fim-de-semana". A M. foi crescendo adaptando-se perfeitamente e se aos 3 anos era uma regra a cumprir e ponto, hoje aos 5, confesso, nem sempre é fácil obedecer-lhe à risca. 

Felizmente, e como bem sabemos, "não há regra sem exceção" e é baseados nessa máxima que por vezes deixamos que o Corneto seja saboreado a um dia da semana especial... mas mesmo especial, ainda não nos deixamos convencer pelo avó Manel para quem os dias de calor deviam ser sempre dias especialíssimos para a M.! Ai avó então não te lembras que também já foste pai e que a semana só tem um domingo?! 

Os filhos são fontes de inspiração!

Hoje, e porque recebi um presente adorável da fotógrafa Maria Araujo Lima - obrigada querida amiga adorei! -, dei-me a pensar que os filhos são verdadeiras fontes de inspiração que nos tornam mais fortes e corajosas. Fazem de nós verdadeiras guerreiras prontas a encarar a vida como um projeto desafiante usando apenas uma mas também a mais forte das armas - o amor.

A Maria Bragança, como aliás melhor a conheço, é uma jovem adorável e bem-disposta, também recém-mamã, com formação em Jornalismo e que tem um gosto apurado pela fotografia desde sempre.
Esta jovem fantástica que adorei reencontrar no passado dia 19 de maio no evento do projeto Mimi and You, também este de duas colegas de curso hoje mães, tem agora um projeto giríssimo que é a sua cara... amoroso e entusiasta! A maternidade inspirou-a e hoje eterniza momentos únicos na vida de todas nós com uma delicadeza, respeito e pormenor que muito aprecio.
Aliás, entusiastas foi o que não faltou nesse dia! Muitas caras conhecidas da antiga Escola Superior de Jornalismo e que agora dão a cara e a voz a projetos bem interessantes e onde os filhos foram alavanca e não travão. 
É também o caso do projeto da Luísa e da Teresa. Acho o máximo esta ideia de se juntarem em algo inovador em Portugal mas muito útil para a mãe atual. Mimi and You propõe ser uma ajuda preciosa para todas as mães que não têm tempo nem descernimento para procurar e comprar roupa para os seus filhos, dando preferências às marcas nacionais.  
É o caso da Loja Maria Bebé, uma minhas marcas preferidas quando o objetivo é vestir bem com a máxima dos 3 B que agrada a qualquer mãe: bonito, bom e barato, da querida Maria de Fátima. Eu iria mais longe na Loja Maria Bebé encontra peças já prontas ou então a possibilidade de escolher um tecido e criar o modelo que lhe enche das medidas, contando com a simpatia acolhedora da Maria de Fátima, mãe experiente a quem é impossível resistir.
Tive ainda oportunidade de conhecer mais uma mãe coragem com uma "princesinha" a dar os primeiros passos. Ma Petite Princesse é o projeto da Ana Almeida que nasceu com a pequena Constança, uma verdadeira princesa que inspira a mãe na simplicidade, na ternura e na inocência. Adorei! E a mãe da Ana é uma querida! Mais uma entusiasta que não tirava os olhos do J. e do seu tapa-fraldas à principezinho!
No final, e mesmo antes de nos despedirmos foi tempo de apurar o gosto. Uma presença deliciosamente agradável nestes eventos é a da Ana Quinta com o seu projeto Bonjour2012. Crepes doces e salgados deliciosos, de uma variedade imensa, aos quais é impossível resistir.
Afinal, quem diz agora que mãe não pode ser empreendedora?!
       

                                                   

                                                             Adoramos o projeto da Tiny Happy Design,
                                                            a M. ficou apaixonada por uma bailarina e
                                                                 quando lhe disseram que podia ser personalizada e
                                                                  tornar-se parecida com ela, gostou mais ainda!

Pindérica?! Quem eu?!

A M. está ansiosa pelo Verão, também eu... e não estamos todos!?
Praia, sol, roupa de alcinhas ou mangas cavadas, cores com sabor a sorvete, Algarve e férias, piscina até cair para o lado de exaustão, enfim... Verão, please!
Basta vir um dia de sol (ainda que por vezes apenas espreita) e calor (ameno) que é vê-la a seleccionar a roupa de verão que vai vestir e as opções são sempre tudo menos felizes!
No sábado achou por bem vestir um dos seus vestidos preferidos, da coleção da Laranjinha do ano passado. É um dos dela e um dos meus! Aqueles punhos em bordado inglês plissado são a tentação de qualquer mãe! E lá saiu ela, toda catita, para mais uma aula de violino onde a vaidade não tem lugar apenas a exigência e o rigor mas também a brincadeira porque na Academia A Pauta também se aprende a brincar.
Depois do almoço e já sem responsabilidades de gente crescida, enfim, mudou de ideias quanto ao seu modelito e lá aparece de macacão-calção de alça. Fiquei verde, azul, roxa... enfim o arco-íris desceu sobre mim! Não é que não goste do dito mas já tem uns aninhos e não está propriamente com o aspeto que mais me agrade. Nem a caixa onde tem estado guardado (pro escondido porque já conheço a filha que tenho) foi o suficiente para o tirar de circulação! Mas e convencê-la de que aquela não seria a melhor opção?! Duro! Muito duro!
Eu já exausta de tanta teimosia acabei por me render e, sem uma única palavra apenas um olhar ao J. deixei que ele tomasse a rédea da situação. E ele à sua maneira não podia ter sido mais incisivo. Insistiu, insistiu, argumentou, argumentou... e a teimosia do outro lado era sempre mais forte! Até que depois de tanto ouvir um NÃO redondo deixou que lhe saisse: "Tu é que sabes M. se queres ir passear toda pindérica!"
Oh palavra que havia de ter dito! Até eu fiquei obtusa com aquela saída! Pindérica?! Pindérica?! Brrrrrrrr
Choradeira, claro! Chorou, chorou, chorou... mas um choro sentido como se o seu orgulho (da idade de uma pequena mão cheia) tivesse sido verdadeiramente ferido. "Pindérica, papá?!"
Abracei, mimei, dei muitos beijinhos... mas fui incapaz de não soltar uma gargalhada surda a acompanhar o "papá tão cruel".
E acreditem ou não... vestiu o casaquinho, de botões muito fechadinhos e o bendito macacão "tão giro, colorido e curtinho" passou a ser um objeto a esconder! 
Meninas, ufa!

Complexos à parte, as galinhas cá de casa andam às bicadas!

O habitual lá em casa é mãe e filha a galinharem uma com a outra... Claro que ao fim-de-semana tudo se agrava! Mais tempo juntas, tempo esse em que a atenção da mãe tem que ser dividida com o pai e com o mano. Mas genericamente falando, a mãe é que "às vezes fica refilona" e pronto está tudo muito bem resumido pela voz de quem, do alto dos seus 5 anos, tudo sabe! 

O pai é o menos e a mãe é o mais... o pai é o menos intolerante, o menos birrento, o menos imponderado, o menos cansado... a mãe é o mais tudo - refilona, birrenta, cansada, ocupada, exagerada, intolerante com birras e má educação, rigorosa no cumprimento de regras, enfim "mãe é um terror"!

Confesso a minha tristeza perante estes episódios e assumo a "mia culpa" pois muitas vezes (mais do que aquelas que gostaria), e vencida pelo cansaço de uma semana de trabalho, não consigo evitá-los. Conforto a tristeza que vai pairando no meu coração culpando o Complexo de Édipo, complexo de FREUD inspirado na mitologia grega ao qual nenhuma criança escapa segundo o psicanalista Juan David Nasio, mas claro "presunção e água benta cada qual toma a que quer".

Sei que a minha filha me ama e que todos os episódios mais recentes de birras e respostas "crúeis" sempre tão prontas e na ponta da língua são fruto desse amor. Sei que ela sabe que a amo com todo o meu coração, mas confesso-me a sufocar pois sinto que a minha bebé, a minha princesa pequenina me escapa qual areia por entre os dedos e que quanto maior é o meu esforço em não deixar cair um simples grãozinho dessa areia mais ela me escapa.

Com complexo de Édipo ou apenas com o meu próprio complexo de culpa, o certo é que a M. começa a revelar uma proximidade crescente ao pai e uma contradição clara entre o amor e a hostilidade comigo, facto que penso ter-se acentuado porque agora deixou de ser o centro das atenções e essas têm que ser divididas com o novo elemento da família - o J.

O que é bom acaba sempre tão depressa!

Foi um fim-de-semana delicioso! E que tristeza é pensar que já acabou e mais uma semana a lutar contra o tempo começa! Bom... mas há que enfrentar as coisas como realmente elas são, de cabeça erguida e de forma positiva! Alguém ontem dizia, no evento Conversas na Rede, que teve lugar em Matosinhos na Red Apple, que Felicidade é aproveitar os bons momentos que a vida nos dá e que ninguém é totalmente feliz! Belas palavras de uma Maisena que adoro acompanhar.

Eu e o J. nas Conversas na Rede, na fotocabine criada pela My Frame
Adorei Ângela e Flávia. Obrigada!

Este fim-de-semana senti que aproveitei todas as horas, minutos e segundos felizes com o J. e os nossos filhos, e houve tempo para tudo. Para cumprirmos escrupulosamente com os compromissos musicais da M. que ao sábado de manhã não pode faltar à sua aula de violino, para almoçarmos em família, para passear e aproveitar a maresia e o solinho de final de tarde, para assistirmos a um concerto solidário, para reunirmos com os amigos e pôr a conversa em dia e, claro, para os habituais tombos do J. que como diz o avó Manel "ao fim-de-semana deixa de ter rédea curta e passa a ter rédea super hiper solta".
À segunda-feira sai o J. de casa com testa de fim-de-semana! Pobrezinho... dorme mal porque com a M. por perto fica menos tranquilo e porque é só passeio, come menos bem porque como não dorme fica muito mais aborrecido e resultado disto tudo - parece um zombie tropego! Isto realmente com o segundo é bem diferente nem quero imaginar como será ao terceiro! Bom... faço ideia... aí não há rédea que os segure!
Mas voltando  a contar-vos como foi o meu fim-de-semana... compramos finalmente as sandálias para a M. que se fartava de pedir uns sapatos lindos para o verão! Fomos conhecer a coleção da Haity e a M. saiu da loja com um "big smile in her face" e umas sandálias muito fashion nos pés, sim porque as sabrinas que trazia calçadas foram para o saco e já saiu da loja a exibir para tudo o que era espelho os seus pézinhos de princesa catita. 
Entretanto, fiquei apaixonada por uns carneiros para o J. No sábado consegui resistir-lhes e não os trouxe mas já os estou a imaginar nos pézinhos do meu passarinho. Vai ficar ainda mais fofo!

Fim-de-semana a espreitar pela fechadura

É um delícia ver o J. e a M. juntos! Adoram-se! Quando a M. entra em casa nasceu o sol para o J. e se por um lado a M. tem ciúmes do J. por outro já não é nada sem ele... Começo a achar que o irmão é o seu boneco preferido... anda, não fala mas tenta, chora, come e faz realmente xixi. E ele é, sem dúvida, um boneco com todos os "inhos" possíveis e imaginários - fofinho, pequenininho, loirinho, meiguinho... Mas claro apesar de não ser de vidro é ainda um bebé e toda a atenção é pouca, mais ainda com a irmã por perto que  é sempre muito voluntariosa para cuidar! Contudo, as limitações próprias da sua idade - pegar ao colo, puxar para andar mais depressa, tentar ajudar a subir (e lembram-se de subir a cada coisa!) nem sempre dão bom resultado! 
Apesar de não querer subprotegê-lo confesso que estou sempre muito mais alarmada com o J. do que estava com a M. com a mesma idade. Ele desde a nascença que me parece mais frágil... talvez seja o seu ar dengoso ao qual ninguém resiste, o certo é que estar com ele (à exceção de quando está a dormir) é tudo menos descontração. 

Agora que reclama independência para andar tudo se complica... conta-se 1, 2, 3 e... tombo! 1, 2, 3 e... tombo! 1, 2, 3 e... tombo! 
Enfim, não falta animação cá em casa! E claro, ao fim-de-semana, que tenho o meu tempo muito mais disponível, procuro dedicá-lo a um dos meus passatempos preferidos: vê-los crescer... juntos... é emocionante! Diferentes no género, diferentes no tom, tão diferentes na personalidade mas igualmente amados.
Ainda bem que o fim-de-semana já espreita pelo buraco da fechadura! Com a vossa licença vou abrir-lhe a porta!

Sê-lo ou não sê-lo, eis a questão?!

Ser mãe é realmente muito muito bom mas também muito difícil! Depois de um dia esgotante de trabalho a correr de um lado para o outro, sem almoço nem jantar, chegar a casa e ver uma cara linda, de princesa apaixonada, a correr para os nossos braços é delicioso... e quando a ela se junta um passarinho fofinho e pequenino a chamar pela mamã... bom, cereja no topo do bolo!
Pois hoje foi assim. Mimos e mais mimos para uma mãe que passou o dia a trabalhar e que confessa sentiu imenso a falta deles! Apesar de ter tido um final de dia WOW que desfrutei com muita alegria e entre pessoas amigas e simpáticas, num espaço que me fascinou Guest House Porta Azul, fico sempre com o coraçãozinho muito apertado por saber que àquela hora já devia estar em casa com eles. 
Equilibrar a balança não é fácil porque amar como mãe não é fácil! Se por um lado tudo isto me realiza enquanto mulher que sou, com ambições e objetivando abraçar novos desafios e projetos, por outro sinto que não estou a ser correta com os meus filhos roubando-lhe horas em família... horas de colo de mãe, e tudo apenas porque a mãe esteve a fazer o que gosta... trabalhar para bem receber pessoas bonitas! Dito assim parece tão repugnantemente egoísta!
Será que um dia eles me vão perdoar e compreender?!

Os pequenos nada para mim são pérolas!

Adoro decoração, personalizar os momentos especiais... adoro pormenores... pequenas "niquices" que aos olhos de muitos não têm qualquer importância e aos olhos de outros não são mais que pequenos nada nos quais nem reparam. Adoro planear ao pormenor jantares, os encontros com amigos, picnics, as festinhas de aniversário cá de casa... e não há quem escape a ser meu voluntário à força. Verdade seja dita que a pequena M. é sempre a primeira a querer ajudar e participar. Uma querida e com imenso jeito para estas coisas de bem receber.
Talvez por tudo isto goste tanto do que faço profissionalmente e, como se não bastasse, de vez em quando aventuro-me a dar resposta a alguns pedidos especiais através do meu pequeno projeto (mas grande sonho) PARATI
Hoje não irei falar-vos dele... ficará para uma destas noites em que esteja menos cansada e bastante mais inspirada... hoje estou exausta! Amanhã teremos um grande desafio em mãos. Será um final de tarde WOW num espaço giríssimo e super "in" com mulheres giras e fantásticas, empreendedoras e prontas a desafiar as contrariedades desta Troika que teima em perseguir-nos com pensamentos pessimistas. Amanhã ao final da tarde serei também uma mulher WOW... se estou entre elas serei com certeza como elas, gira e fantástica pelo menos por algumas horas! ;-)
Prometo contar pormenores e mostrar algumas fotos em breve.

Sem resposta nunca fico!

Hoje quero contar-vos um episódio recente e com muita piada... pelo menos confesso a dificuldade que tive em conter a minha perplexidade e uma boa gargalhada.
As crianças são mesmo muito perspicazes!
A M. do pedestal dos seus 5 anos é deliciosamente refilona! Com ela ninguém fica sem resposta... mas é bastante inteligente nas suas respostas. Ora vejam lá se tenho ou não razão.
Desde que entrou para o colégio que mês sim mês sim (quando não semana sim semana não) temos festa de aniversário. Ou porque o Nuno faz anos, ou porque a Rita faz anos (e são tantas as Ritas!), ou porque a Maria faz anos... enfim, importante será dizer que a M. é uma criança bastante extrovertida e por isso popular entre os colegas. Assim sendo, recebe imensos convites para as festinhas de aniversário dos seus amiguinhos.
Nestas coisas tenho uma forma muito própria de pensar: se a convidam é porque fazem mesmo gosto que ela vá. Fico logo a imaginar a carinha triste do(a) aniversariante se os amiguinhos não aparecerem... este é um dia muito especial para os miúdos e é óbvio que querem uma fantástica festa, com muitos amiguinhos e, claro, muitos presentes. Como aqui em casa funciona a regra... "as pessoas importantes têm sempre espaço nos momentos especiais da nossa vida", quero crer que nas outras famílias o mesmo aconteça.
Por isso, quando a M. chega com um convite a casa digo sempre: "depois ligamos à Mãe do Nuno, ou da Rita, ou da Maria... a confirmar!" E eis que começa um diálogo fabuloso:
- Não quero ir mãe!
- M. se te convidam é porque fazem gosto que vás... então não queres ir porquê? Deves ir... é teu amiguinho(a)... vai ser divertido, vão brincar imenso! No teu aniversário não ficaste feliz por teres cá em casa os teus amiguinhos?!
- Sim, claro mãe, fiquei, mas não quero ir! Não és tu que dizes que o fim-de-semana é da família?! Com os meus amiguinhos estou a semana toda e convosco não! O fim-de-semana é da mãe e do pai!
E esta hein? E mais não digo! Que resposta dar a tão grande verdade?!
Adoro-te filha! ;)

Ser mãe ao som do tic tac

A minha formação em Jornalismo ainda hoje me faz escrevinhar e escrevinhar e escrevinhar tudo o que são ideias e desabafos... Mesmo que afastada da área há alguns anos, na minha carteira tenho sempre um caderninho que me acompanha e ocupa os tempos mortos de espera para a consulta de dentista, os escassos minutos em que aguardo que a M. saia do colégio ou mesmo as noites de insónia em que na minha cabeça passeiam check-list e regras de protocolo que me fazem não falhar no dia seguinte. 

Desde que a M. nasceu, há 5 anos atrás, que essas notas e apontamentos foram crescendo e com eles a vontade de partilhá-los principalmente com outras mães que como eu vivem diariamente a contradição de querer ser as melhores mães possível mas também as melhores profissionais. Hoje, e quando cá em casa já conto não uma mas duas pequenas e deliciosas pestinhas - uma princesa e um passarinho - e percebo que daqui a nada não ganho para papel e caneta!

Por isso e porque ter um blogue está na moda insisto em contrariar uma amiga que carinhosamente me diz que sou do tempo da pré-história (tens razão Ana!) e farei um esforço para manter esta ideia a funcionar... parece-me que o facto de saber que um dia mais tarde a M. e o J. vão ler pelo menos alguns dos posts, me vai ajudar a ter tempo para mais este desafio. Mais uma corrida contra o tempo... tic tac tic tac!

Neste espaço, que apesar de público é meu, partilharei experiências, ideias, histórias e episódios, gostos e fobias da minha vida de mãe... uma mãe das 5 às 8 que vive uma contradição diária - a de invejar a avó que a substitui no colo e nos afetos mas a quem é eternamente grata porque é esse mesmo colo que permite que esta mãe, também mulher, se sinta plenamente realizada.