quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Natal é olhar o mundo com coração de mãe

O Natal foi bom, foi ótimo, foi excelente!
Tivemos tempo para tudo sem grandes correrias (o que mais detesto nestes dias) e foi tudo perfeito.
Logo pela manhã, na vêspera, visitamos pessoas especiais a quem ano após ano desejamos boas festas, fomos fazer as últimas compras, dos frescos - o melhor bolo-rei da cidade, o pão mais saboroso diretamente do norte interior do país e pouco mais, pois deixamos muito pouco para fazer na véspera. Depois foi chegar a casa ainda antes do almoço e dedicarmo-nos a preparar a grande noite. 
O meu chef gourmet fez leite-creme e aletria, preparou o perú para o dia seguinte e eu dediquei-me às decorações e às crianças, que aguardaram ansiosamente o Pai Natal.
A M. quis ajudar, talvez numa tentativa de ocupar o tempo e pensar menos na chegada do Pai Natal com os seus duendes e todos os presentes. Ora ajudava o pai a partir ovos, ora ajudava a mãe a colocar a mesa. 
O J. estava uma felicidade só. Corria, pulava, ria de si mesmo, dançava com tanta música natalícia a ecoar por toda a casa e, claro, queria ajudar, ou então nem por isso. A determinada altura já só lhe víamos a cabeça enrolada na toalha de organza vermelha e ele a adorar as vestes de Rei Mago. Para ele foi apenas mais um dia super feliz, com os pais e a mana a preparar a casa para bem receber os avós e as tias.
Durante a tarde os reis, os magos, you know? Foram caminhando em direção às palhinhas, que apesar de àquela hora se encontrarem vazias, poucos minutos depois da meia-noite acolheram o Menino Jesus.
Foi bom ter cá a família, este ano com mais um elemento que veio alegrar os nossos corações. 
Foi bom ver o sorriso dos meus filhos depois do PN descer a chaminé cá de casa. Correram para a árvore... A M. relatava o que via nervosamente. Pobrezinha não sabia se via primeiramente os presentes que o PN lhe tinha deixado, ou se percorria as migalhas pelo chão, da árvore até a porta, e confirmavam que o Pai Natal tinha mesmo parado cá em casa, com renas e duendes, como aliás lhe tinha prometido. Sim, porque cá em casa o PN é também muito bem recebido! Tem direito a bolachinhas e leite morninho em chávena de PN.
Foi bom viver a admiração, o entusiasmo, o sorriso rasgado, o J. que delira com os delírios da irmã e em tudo a imita, a inocência que em tempos também já foi nossa, e claro vê-los correr para os presentes e nervosamente, diria até tremendo, rasgar papel de embrulho, laços e fitas sem pudor! A vontade de saber se o PN este ano não falhou nenhum presente ou se em vez deles colocou alguns carvões (pelas vezes em que foram menos bem comportados) era grande. E rapidamente se esvaziaram sacos, se amontoaram caixas de cartão, e se sentiram corações a acalmar.
Obrigada Tea Time pelos lindos modelitos
dos meus duendes de Natal!
Nessa hora de tanta alegria, senti uma nostalgia de coração de mãe a invadir-me. Olhei os meus filhos e só pensei que o melhor presente do mundo eles já têm e não veio embrulhado, com fita ou laço, no saco do Pai Natal - uma família, capaz de lutar diariamente por eles para que saibam o que é o conforto de um lar, de uma lareira acesa ou apenas de um abraço caloroso; o sabor de uma refeição decente ou de um beijo de amor; o cheiro fresco de uma cama que os espera noite após noite ou do colo de mãe que os embala. Nessa hora, de olhos postos nos meus filhos, meus tesouros preciosos, emocionada com os seus sorrisos e os seus olhos brilhantes, lembrei outros filhos, doutras famílias, doutras casas, doutros mundos, para quem o Natal infelizmente não tem sequer 24 horas e onde o Pai Natal parece ter dificuldades sérias em alcançar.
Foi bom o nosso Natal, muito bom. Feliz daquele que possui o melhor presente do mundo e não espera o Natal para recebê-lo - o amor e o cuidado da família.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Será preciso ver para crer?!

O Pai Natal chegou mais cedo este ano cá a casa! 
Não entrou pela chaminé e chegou sem renas, duendes ou presentes. Chegou pelo correio (num envelope de correio azul para que não houvessem atrasos) e trouxe palavras que tenho a certeza a M. jamais esquecerá.
Foi a primeira vez que a nossa caixa do correio recebeu tão prestigiada correspondência e vejam só dirigida à princesa cá de casa. No interior do envelope um cartão natalício e dois autocolantes (um com o seu nome e outro com o nome do J.) que viemos a perceber deveríamos colar na janela cá de casa para que o Pai Natal mais rapidamente identificasse a casa da sua mais recente amiguinha.
Foi um gesto lindo o do Pai Natal! Responder a uma menina que pela primeira vez escreve ao PN por mão própria. Com as dificuldades, os sarrabiscos e as gralhas próprias de quem está ainda a aprender.
Nas palavras que escreveu 
(ao computador pois também o Pai Natal está dado a modernices) podem ler-se pormenores da vida diária da M. que só mesmo alguém muito atento pode saber e lembrar. Imaginem que o PN sabe o nome da professora da M. e qual a sua série televisiva preferida.
Foi realmente deliciosa a expressão de alegria da M. 
Orgulhosamente não se cansou de repetir, um pouco pasma, um tanto incrédula, e muito muito feliz. "Não vos disse que o PN é meu amigo?! Ele falou comigo no shopping e até me deu um balão com um sorriso!"
Alegria, alegria com direito a cantorias e tudo e, de repente, um silêncio que já reconhecemos bem nesta pequena "gralha". Aquele a que já nos habituou e que indícia que alguma coisa aquela cabecinha está a magicar e aquela boquinha por muito tempo não vai aguentar calar!
"O Pai Natal está a meter-se muito na minha vida!"
Ora toma Pai Natal! Que queiras presentear a menina pelo seu bom comportamento tudo bem, mas nada de abusos!

Toca a despachar, o relógio não pára!

Quem me conhece sabe bem o quanto gosto de tornar mais especiais dias que por si só são extremamente especiais. E por ser assim, estou constantemente a organizar festinhas de familiares e amigos, e duas vezes no ano a dedicar-me com afinco a duas datas super especiais cá em casa - o dia de aniversário da M. e o dia de aniversário do J.
Adoro tudo o que é organização de festas, festinhas e festanças e isto explica porque é o Natal, desde que casamos de há 9 anos a esta parte, em nossa casa... ano após ano.
É certo que tenho o par perfeito. Ele cozinha (e, divinalmente com muita calma e mestria) e eu (a stressada e idiota ou criativa, como preferirem) dedico-me em exclusivo a toalhas de mesa, guardanapos, arranjos de mesa, velas e candelabros, anjos e purpurinas, louças e talheres...
O mês de dezembro é um mês de tudo isso cá em casa. Duas sagitarianas a fazer anos, uma num dia a outra logo no dia seguinte; o dia de montar a árvore de Natal cá em casa, que é dia de festa, de música natalícia, de lanchinho em família, de ligar as luzes da árvore pela primeira vez em grupo; jantares de Natal com amigos e, claro, a grande noite que não podia ser noutro sítio.
Eu e o J. pai gostamos da pompa e da circunstância que o dia merece. E já ninguém pensa no Natal cá em casa sem um brinde de boas-vindas ao pé da árvore, sem uma mesa decorada a preceito e a fazer pendant com a restante decoração, sem os meus filhos lindos de babar com modelitos escolhidos para a ocasião, sem troca de presentes em jeito de brincadeira para avivar memórias de outros tempos, sem loto (uma relíquia da minha avô, que um dia vou reclamar para mim)... Enfim, o Natal cá em casa tem um sabor especial e não apenas para mim. Não tem sabor a rabanadas ou pão-de-lo, tem sabor a família, a abraços, beijos, alegria e também saudade, muita saudade. Tem sabor a recordações e memórias.
Tem sabor a nós! Pais que já foram filhos e agora são avós, filhos que agora também são pais e filhos que tem uma vida pela frente que pedimos ao Menino Jesus continue a ser mágica, feita de muito amor, de esperança e com muita saúde.

sábado, 21 de dezembro de 2013

O melhor do meu dia #7

Um pequeno-almoço de rainha, muito bem acompanhada pelos meus três amores, em pleno coração da cidade do Porto. 
Fazer compras numa rua onde em tempos se vendiam flores e hoje se vende de tudo, em espaços renovados, cheios de bom gosto e com coisas maravilhosas. 
Descobrir nessa mesma rua dois espaços onde apetece ficar: Mercearia das Flores (uma mercearia dos tempos modernos mas muito à moda antiga) e a Retrosaria das Flores (em formato atelier, giríssima!)

domingo, 15 de dezembro de 2013

A espreitar a "Alice" pelo buraco da fechadura

Está tudo pronto minha "Alice". Espreita lá o mundo encantado que te preparamos! Sabes bem que é feio espreitar pelo buraco da fechadura mas hoje é o teu dia podes tudo! Saltar de porta em porta e ir crescendo e minguando à medida da tua vontade, brincar com coelhos num contra-relógio alucinante, pular a cerca de um qualquer castelo e empinar o nariz a uma Rainha de Copas birrenta e cheia de manias. Mereces! Tens sido boa menina! Além disso, não é todos os dias que fazemos seis anos. Aproveita o país maravilhoso que preparamos para ti e as tuas convidadas especiais e bebam chá como Alices, coelhos ou chapeleiros.
Nada foi deixado ao acaso. Conheces bem a mãe que tens e eu conheço-te bem e sei que adoras festas, festinhas e festanças, sendo tu a protagonista ou apenas figurante. Mas hoje, pequena "Alice", a história é tua e por isso aproveita este mundo faz-de-conta!
Estás linda! Uma "Alice" muito fashion. Os teus olhos brilham mais que as luzinhas da nossa árvore de natal, o teu vestido que nos trouxe um coelhinho, não o da história que com as suas pressas jamais teria tempo para criar e conceber um modelo maravilhoso capaz de fazer inveja à verdadeira Alice, menos ainda o Coelhinho da Páscoa que por esta altura do ano está de férias e dá vez ao Pai Natal, mas antes um Coelhinho Pompom incapaz de dizer que não ao sonho de qualquer menina ou mãe desesperada. Serve-te na perfeição, assenta-te que nem uma luva! Sei que por detrás daquelas rendas e nervuras, bordados e pormenores está muito bom gosto, paciência e carinho.
Acabas de entrar no país perfeito, repleto de tantas maravilhas que receio que a própria Alice queira deixar-se escorregar até cá para vir confirmar ser é possível. Neste lugar encantado, que parece recriar a história que eu e tu tantas vezes já lemos, e onde a gula e a vaidade não têm vergonha, tudo é feito à medida, os detalhes não são meros pormenores são a chave para o momento perfeito, são mimos em país de Pecado Capital.
Obrigada Coelhinho Pompom e MJ da Pecado Capital. O sorriso da minha "Alice" diz tudo! 



 

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Só o amor verdadeiro descongela corações

É lindo!
Foi lindo!
Não podem mesmo perder!
É em 3D e fala de amor, de coragem, de respeito pela diferença, de medo, de persistência, de família.
Frozen, o filme sugerido pela Disney este Natal e que mães e filhos não devem perder.
Eu e a M. já vimos, as duas, numa sessão de cinema muito especial com direito a óculos escuros e tudo!
E valeu realmente a pena! O enredo, a história, a mensagem, as músicas, a beleza das imagens! 
Obrigada M. por esta tarde tão especial.





Nasceste feijão e hoje és uma linda maçã rosada

És tão linda filha!
Lembro cada pormenor do teu rosto no momento exato em que te vi pela primeira vez. Uma tranquilidade imensa, uma respiração suave, um cheirinho indiscrítivel, um rosto imaculado.
Naquele momento senti que a minha vida iria mudar para sempre, e hoje, passados seis anos, sei que não mudaste apenas as nossas vidas, mudaste-nos filha! Hoje sou uma pessoa diferente da que existiu antes de ti. 
Infelizmente a tua chegada não me imaculou... amadureceu-me, tornou-me melhor pessoa, mais atenta aos outros e aos meus, mais atenta aos pormenores e mais guerreira. Nasceste e fortaleceste a palavra família nas nossas vidas e hoje, passados seis anos, já somos quatro a partilhar este elo de ligação tão forte e que tanto valorizamos.
És meiga minha querida!
O teu abraço é sempre forte e imenso e os teus beijos ternos e cheios de amor. 
Tens o coração perto dos olhos, desses enormes e castanhos olhos, que choram muitas vezes a ausência de quem mais amas.
Gostas do teu amigo e já percebi que lutas pelo seu bem-estar. 
Tens pureza nos teus sentimentos, humildade e inocência. Olhas ainda o mundo com olhos de criança inocente que tem a certeza que o Pai Natal existe e que trabalha afincadamente com os seus duendes para que todos os meninos do mundo recebam presentes este Natal. 
Gozas feliz da vida a simplicidade das coisas - o ramo de flores mais tosco que a avó te fez, o curto passeio de trotinete na garagem do nosso prédio, o grão de arroz que o mano insiste em colocar na tua boca, o sumo de laranja que o papá te prepara aos domingos de manhã, o batido de leite com chocolate em copo de iogurte que a mamã prepara pela manhã para que não sobre nem uma gota do leite que insistes em não beber... 
Adoro tudo isto, e muito mais, em ti querida filha. És única! Peço-te mais uma vez: cresce devagar, devagarinho, a conta gotas. Acredita tens tanto tempo para crescer!

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Coração de mãe chega para todos

Sábado passado foi um dia especial no Porto. Para nós mães uma forma de rever caras conhecidas (felizmente vi algumas já muito especiais que admiro e adoro) e ver ao vivo peças de encantar que nos fazem babar no mundo cibernáutico (ainda mais lindas assim, em mãos, a sentir o toque dos tecidos, o vibrante das cores... de tarar!), mas também, e acima de tudo dado o cariz solidário desta iniciativa, para os Bebês de S. João que graças ao coração de muitas mães terão um Natal mais festivo.
Foi dia de Vendinha de Mães, um evento organizado desde o ano passado em Lisboa e no Porto pelas blogueiras Ana Lemos (Cacomae), Francisca Guimarães (Maisena) e Carolina Jacques (Família 3 e 1/2), e do qual as mães do Porto já não abdicam.
Este ano teve lugar no Hiper Centro, na Areosa, um espaço giríssimo, muito bem escolhido para o efeito, de excelentes acessibilidades e muito bem recheado. Comparava-o a um perú de natal (lolol) muito bem apresentado por fora, bem recheado por dentro e de se aproveitar até ao último pedacinho.
Quase me atrevia a dizer que o Hiper Centro nunca esteve tão bonito. Peças giríssimas, muitas delas com cheirinho a Natal, uma decoração simples mas adequada, mães giras, filhos lindos e um ambiente muito caloroso. São assim as mães do Norte!
Parabéns às três organizadoras que estavam lindas e super felizes. Adorei ver a Ana Lemos giríssima, de olhos lindos e brilhantes e a Carolina sempre com um sorriso amoroso, super atenciosa e querida. O Porto adorou vê-las e nesse dia pôs-se até mais soalheiro. Um palavra especial à Francisca, verdadeira mulher do Norte que, não perdendo o rumo ao que realmente interessa, busca desafios, luta por eles e com a sua simpatia só podia ser bem sucedida.
Beijinhos às três. Queremos mais para o próximo ano!

domingo, 8 de dezembro de 2013

Meu querido número 6

Quase seis anos. Parece que nasceu ontem. Lembro-me tão bem de a ter pela primeira vez nos braços. Foi a primeira vez que peguei num bebé com segurança, sem medo de o quebrar, com um sentimento de amor incomparável, completamente embebecida e com uma alegria imensa no coração. 
Parece que foi ontem e já seis anos se passaram. Seis anos de aprendizagem para mim e o J. Pai, pois ser pais pela primeira vez é tarefa árdua (pela segunda continua ser difícil mas simplificamos).
Recordo-me de celebrarmos cada ano da sua vida com uma alegria imensa, em família, com os amigos de sempre e que já não escusamos. 
Recordo-me de cada pormenor desses dias de aniversário e posso garantir que a M. também porque eles aprendem a valorizar o que nós valorizamos, por isso, esta veia para a decoração, para receber com diferenciação, para valorizar o pormenor e trabalhar cada festa como única, a M. já herdou e ponto. Sagitariana e está tudo dito!
Este ano, ainda que mais limitada, já estou a trabalhar para este grande dia. Como será a um dia da semana terá também uma dia especial no fim-de-semana com as amigas. Vou levá-las até ao mundo maravilhoso da Alice e mostrar-lhes que é mesmo bom ser criança. 
A M. já não fala de outra coisa. Está ansiosa! Sei que para ela este número tem peso. Quer fazer seis anos e ponto. Anseia a festa, ser a Alice, receber as amigas mas, acima de tudo, deseja fazer seis anos! 
A M. é a mais nova da turma e por isso sente que ter cinco anos não é nada de extraordinário. Sente-se a casula, a "mais pequenina", quase que bebézinha!
Também eu tinha cinco quando entrei no primeiro ano, não me recordo de querer ter tão ansiosamente seis anos, nunca me disseram que por ter apenas cinco não podia ali estar, nunca me senti inferior aos outros coleguinhas, e confesso o meu orgulho em ter conseguido o que outros conseguiram mais nova que os restantes. Mas mudam-se os tempos, mudam-se as vontades! Hoje sei que a M. espera fazer seis apenas pela vontade de não ser a mais nova da turma e durante algum tempo ter seis como as restantes meninas do colégio. Enfim, hoje valorizam cada coisa!
O que acho adorável é que são todas princesas a descobrir o mundo (com seis, sete, cinco, quase seis) que claro se apaixonam pelo mundo da fantasia, que adoram histórias e magias, e por isso só espero que todas elas do alto dos seus seis anos se divirtam muito neste mundo encantado que estou a preparar-lhes. 
A minha Alice estará linda, feliz e com seis como tanto desejou!


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

O melhor do meu dia #6

Pegar-te ao colo filha! Ver que cresceste tanto! Que ainda há quase seis anos te carregava dentro de mim e hoje, a escassos dias de completares 6 anos, continuo a carregar-te ao colo com o mesmo sentimento de adoração, protecção e amor.
Sentir que no colo és só minha. Que aqui não há borbulhas marotas que te magoem, não há meninas "feias"que te aborreçam, não há cansaço que te faça fazer beicinho... sentir que aqui, neste colo de mãe, não há ferida no mundo que não possa sarar. 
Não fosse a dor nos braços que teima em perseguir-me há dias, semanas a fio,  insuportavelmente calada e persistente, mantinha-te aqui para sempre! Sentindo o teu coraçãozinho bater tão forte quanto o meu, por um sentimento que partilhamos - AMOR, puro, cristalino, sem preconceitos e sem limites!

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Mood "suave" mas com muito estilo

O domingo passado foi de Suave Market Porto. Num hotel girissimo, num imponente edifício dos Aliados, cheio de história e glamour, as anfitriãs de sempre - Ana Quinta e Joana Araújo - acolherem os quase 5 mil visitantes num evento multimarcas muito bem conseguido.
Combinei com minha mãe e minha irmã e lá fomos, as três mães galinha da família S., passear e gastar alguns euros em mimos para nós e para eles, os de palmo e meio. Acompanhadas pelas duas princesas e o pequeno príncipe, fomos cedinho para descontraidamente apreciar os irresistíveis modelitos para os nossos pintainhos. As propostas eram deliciosas! Muitas sugestões para a época natalícia que se avizinha, mas também muitas opções para que também no dia-a-dia os nossos príncipes e princesas andem impecavelmente vestidos.
Confesso que adorei, em especial, rever algumas caras bem conhecidas e que já não via ha algum tempo. Não por falta de vontade mas por força das circunstâncias!
A Maria de Fátima, da Maria Bebé, e uma delas. Não me canso de dizer, e adorável e tem coisas de babar. Vestidos, com laço ou sem laço; calções; jardineiras (lindas acreditem!); pendants irresistíveis para manos; e muitas opções para rapazinhos, com cores e cortes clássicos, mesmo como eu gosto.
Outro feliz encontro foi com a Patrícia, da recentemente criada marca Patuska, que conheci na Vendinha de Mães Porto, do ano passado (a ela e as suas trigêmeas irresistíveis) e que fiquei logo a admirar pela descontração e alegria no rosto (pudera tem pelo menos 5 bons motivos para sorrir). Linda, elegante, mãe de 5 meninas, empreendedora, descontraída, enfim, amorosa e que merece muito sucesso neste projeto recém-nascido mas que, tenho a certeza, depressa ganhará pernas para correr. Peças lindas, requintadas e a bom preço. Sim porque esta mãe sabe bem o que a vida custa!
Foi ainda adorável conhecer as ofertas de decoração da Entreparedes. Não há motivos para não personalizar o quarto dos nossos pequenos. As soluções são várias, as peças giríssimas e as possibilidades mais que muitas. Foi uma delícia assistir ao J. a montar um cavalo de pau como o que eu tinha quando era miúda (mas muito mais fashion, claro). Confesso que babei pois os olhares estavam sobre "o bebé fofo!"
Foi um prazer ainda conhecer a cara por trás da Chocolate Azul, marca que acompanho há algum tempo via FB, mas acima de tudo tocar as peças, ver as opções giríssimas para esta coleção, e claro, como verdadeira mãe de família, não resistir às delícias propostas para a M. e o J. e vir de saquinho na mão orgulhosa das compras que fiz (lindas e a excelente preço!). Os meus pimpolhos vão estar lindos nestas quadras festivas que se avizinham! 
Já quase de saída, porque com crianças pequenas minutos são horas, houve ainda tempo para recordar a vez em que o meu pequeno J. deu ainda mais beleza aos cestos giríssimos da Lovely Bazaar. Para mim continua a ser aquele bebé, de sorriso rasgado dentro de um cesto lindo, lindo sem sequer suspirar um ai!
Foi giro. Muito giro! Adorei Ana Quinta e Joana Araújo, a repetir, please! Obrigada a todas as marcas, maioritariamente representadas por mulheres, por nos mostrarem que ser mulher é muito bom. Muito sucesso a todas.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O melhor do meu dia #5

Vê-los dormir abraçados na minha cama madrugada dentro. Ele de dedo polegar na boca colado as costas da irmã, ela a aproveitar os últimos minutos antes de começar o tratamento de choque diário, sentindo-lhe os dedos pequeninos enrolados no seu cabelo e o respirar de bebê colado ao seu ouvido.
Limito-me a observar, ensonada mas orgulhosa.

1,2,3, mais um dia a começar outra vez!

Manhã de terça-feira... daquelas que é quase o mesmo que dizer "manhã de segunda-feira". Noites mal dormidas há mais de uma semana... Sono, muito sono!
Banho matinal em tempo recorde. 
J. que acorda e impacientemente chama "Mamã!", pegá-lo ao colo, cama de mãe, lado a lado com a irmã que ainda dorme o sono dos anjos. Amamentar o J. (sim, ainda!) e preparar o suplemento (água já aquecida na termos porque segundos contam). Escolher a minha roupa (quase um pimpampum despreocupado), vestir-me enquanto o dengososito suga o "lete" pelo biberão que segura com uma mão (a outra está a enrolar o cabelo da irmã que ainda dorme!). 
Vestir a M. ainda a dormir e começar a difícil tarefa de "Acorda M.! Vá não podemos perder tempo. Vamos atrasar-nos!". E veste peça por peça num corpo quase morto que vagarosamente vai despertando, a acompanhar um choro (sem lágrimas) mimalho. O fulaninho do lado, ri-se! O "lete" acabou e está satisfeito!
M. pronta. Preparar o seu pequeno-almoço que como sempre custa a engolir... seja o que for!
Pentear cabelos, de preferência apanhados não vá algum intruso tomar a liberdade de molestar não apenas aquela linda cabeça mas a de todos cá em casa.
O piratinha lá anda, despreocupado e sem pressas, de robe e pantufas a inspecionar tudo! Afinal, começou um novo dia de descobertas. A Árvore de Natal tem sido o forte, pudera tantas luzinhas, tantos lacinhos, tantas bolinhas... enfim, tudo tão à mão de semear!
Prepara lancheira. 
Verifica se os livros e cadernos estão na mochila.
"M. já terminaste o pequeno-almoço! Vá! Toca a lavar os dentes! A pasta dentrífica já está na escova! Toca a despachar! Dentes bem lavados, caso contrário voltas a lavá-los!"
Inspeccionar dentes. Vestir casacos. Um piratinha dengoso, de dedo na boca, que já não me larga as pernas e que também quer sair de casaco vestido. 
Pegar no PC, na carteira, na mochila, na lancheira. 
Ah! O violino. "Por favor M. levas contigo o violino!". Cara feia, mas que remédio!
Beijo! OUT!
Começa a descer escadas do 3º piso à garagem. Telemóvel?! Pousa tralhas no chão! Sobe! Toca à campainha, abrem a porta, corre a pegar o telemóvel. OUT outra vez! 8 horas em ponto!
Desabafo. "Pareço uma abelha! Céus!"
Resposta: "Pois, pois... e eu pareço uma abelhinha! Violino, casaco, botas, cabeça, tronco e membros... e ainda estas borbulhas enormes que pesam imenso!"
E começa mais um dia com muito boa disposição! ;)

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Nunca a palavra saudade foi tão portuguesa

Que país é este que deixa famílias suportarem a dor da partida?
Que país é este que deixa que filhos chorem a saudade dos pais?
Que país é este que separa famílias e fragiliza vidas?
É o meu e dos meus! Que não escolhemos mas nos acolheu. Um cantinho à beira-mar plantado onde mora a saudade mas também a ignorância, a pequenez e a ganância. 
País de gente crua, mal cozinhada, mal temperada, cozinhada em banho-maria, mas também de gente nobre, de coração farto, que bebe chá às xícaras, que não cruza os braços, que não desiste!
País de mais olhos que barriga, que engorda a barriga de alguns durante demasiado tempo e vê de barriga vazia tantos outros durante longos 9 meses!
Tenho orgulho em ser portuguesa e, contrariamente a muitos, adoro o nosso país - fazer férias nele, quer de verão quer de inverno; desfrutar da sua beleza única, dos seus lugares e tradições. 
Tenho orgulho do que se faz em Portugal em áreas como a investigação, que conheço de perto, no desporto... temos gente muito válida em inúmeras áreas, e não falo de meia-dúzia, são muitos os portugueses cá dentro e lá fora que nos fazem orgulhar.
Mas hoje, olho o meu querido país com tristeza. A minha tristeza de hoje é, com certeza, a tristeza de muitos há meses, anos... pais, filhos, maridos e esposas, irmãos, avós... famílias, que a distância separa no abraço, no beijo, no conforto, no enxugar de lágrimas e na partilha de sorrisos, e que as novas tecnologias tendem a aproximar confortando-nos de forma assustadora. Irão os nossos filhos banalizar o abraço com cheiro, o beijo molhado, o toque arrepiante?
Custa-me ver a M. chorar a ausência do pai e senti-la mais carente. Custa-me ver o J. olhar o meu computador portátil aberto e bater "toc,toc" no ecrã e chamar "papá". Custa-me não puder tocar-te, sentir a ausência do teu bafo confortante no meu cabelo, ter que decidir tudo sozinha (as coisas mais banais, como que vestido comprar para a M. ou que sapatos para o J.) mas que eram decididas a dois.
Sei que tudo isto não será eterno (a eternidade é muito tempo) mas custa-me saber que será por tempo demais!

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O melhor do meu dia #4

1. Saber que os amigos continuam no mesmo sítio de sempre, o lugar do coração, onde a amizade relaxa mas não dorme. Saber que nos pautamos pelos mesmos valores, pelos mesmos objetivos, que vivemos as mesmas preocupações e sentimos o mundo à nossa volta da mesma forma sentida, simples, sem artifícios.

domingo, 24 de novembro de 2013

O melhor do meu dia #3

Depois de um domingo de coração espremido, em que a ausência dói, dar-te um beijo de boa noite, filha, e receber um abraço forte e mimalho é, sem dúvida, o melhor do meu dia. E não pedia mais, mas até aí me surpreendeste! 
Relembrar-te, de olhos carentes, pela milésima vez o quanto te adoro e receber o olhar mais lindo do mundo e a resposta mais terna, mais doce, mais sincera. "Consigo adorar-te ainda mais mamã!"
Como se fosse isso possível!
Boa noite fofinha.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Antes chegar que partir!

Como podia um pai não ter saudades de uma filha assim?!
Que não dormia de excitação por saber que o "papá está de volta!"; que se vestiu e calçou a preceito para ir buscá-lo ao aeroporto; que sabia na ponta da língua todos os episódios e histórias da sua vida agitadíssima de criança e que obrigatoriamente partilhou com o pai logo à chegada (acredito que para o sentir perto, para o acolher rapidamente); que correu para um abraço forte de apego, de amor, de saudade... de "fazes-me falta, pai!"
O meu coração de mãe ficou apertadinho de orgulho. A M. está crescida! E isso, confesso, aborrece-me! Às vezes, sem pensar muito na barbaridade que digo (de forma sentido), deixo que me saia pela boca fora... "Filha, pára de crescer!" e abraço-a, e dou-lhe tantos beijos que quase a sufoco, e agarro-a contra o meu peito como se não houvesse dia seguinte, e quase choro com medo de perder aquele abraço de criança que tanto amo e que receio perder depressa demais.
Tenho o abraço do J., certo! Um abraço ainda mais pequenino. Certo! Mas cada abraço é um abraço. Cada filho tem o seu lugar no coração da sua mãe. E para mim, mãe de dois, o amor não é dividido é multiplicado. A M. e o J. ocupam o mesmo lugar no meu coração - o lugar de filho/a.
Estou carente!? Se calhar é isso! Mas isso faz-me olhar para os meus filhos com bondade, com gratidão, com vontade de aproveitar muito todas estas histórias, todos estes episódios que ajudam a construir uma história - a nossa história, aquela que os ajudará a crescer e que um dia eles irão recordar com a mesma saudade, a mesma ternura, o mesmo olhar melancólico com que hoje escrevo estas linhas. 

Vestido Maria Amora e botas à cavaleira da Haiti

O melhor do meu dia #2

1. Acordar de manhã, ainda que cedo, e saber que somos quatro cá em casa... somos família!
2. Ouvir a tua voz pelo telemóvel e saber que estás perto, e que à noite estaremos juntos, em carne e osso, e não virtualmente falando.
3. Sentir que o meu amor é imenso... que não dá apenas para a M., o"meu amor nº 1", mas antes que se multiplicou em vez de se dividir.
4. Apreciar o "meu amor pequenininho", que me cativa com a sua pequenez, com o seu jeito dengoso, o seu cabelo d'oiro e o seu abraço apertado e, sentir-me completamente apaixonada!

sábado, 16 de novembro de 2013

O melhor do meu dia #1

Esperar ansiosamente por ti, na expectativa de ver-te passado um mês, puder abraçar-te e contar-te tudo, olhos nos olhos, no silêncio dos lábios.
Estás quase quase a voltar!

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O melhor do meu dia...



Porque apesar das arrelias, dores de cabeça, gritos e berros, refilonices, lágrimas que não resistem e escorrem pelo rosto, olhar taciturno e cabeça baixa... há sempre um, dois, três momentos maravilhosos no dia-a-dia de cada uma de nós - mães, mulheres, profissionais... humanas, a partir de hoje abraço um novo desafio - um desafio que deu início a um movimento positivo e de amor - da Ana e da Catarina, ao qual esta Mãedas5às8 não podia deixar de responder.
A partir de hoje O Melhor do Meu dia... em foto, em frase, em texto, num exercício diário, semanal, mensal, à medida da minha vontade e das minhas limitações, objetivando fazer as pazes comigo e com os outros, repensar respostas e analisar perguntas, acalmar os medos e as angústias e guardar, aqui para sempre, apenas o melhor.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Nunca mais é sábado!

E amanhã já é sexta-feira! YES!
Ansiosas por sábado à noite! Será para nós uma noite especial... A lua e as estrelas brilharão de tal forma que será quase quase dia. 
A nossa família será completa durante precisamente uma semana... sete escassos dias, aproveitados ao máximo. Sete dias de mimo, de conversa fiada, de abraços de pai, de beijos chorosamente sentidos, de olhares cúmplices, de entre-ajuda, de coração sossegado (ou quase!)... 168 horas de um tic-tac que se insinua a um despertar cruel e irreversível.
É certo que as novas tecnologias ajudam a sossegar o coração face à distância mas as relações de amor e carinho querem-se vividas em carne e osso, com toques de pele de galinha, com mãos que se entrelaçam e teimam em não se despreender, com abraços sentidos que sossegam corações desassossegados, com sussuros no ouvido de arrepiar, com beijos molhados por lágrimas sentidas... 
O nosso fim-de-semana será vivido assim a quatro como se quer!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Ei carapau!

Ahahahaha!
Mais uma saída brilhante da M.
"Mãeeeee! Só para veres como sou crescida! Quando quiseres ir de novo ao Mercadito da Carlota já podes... eu fico com o mano! Cuido dele e tu vais à vidinha!"
Pergunto eu feita parva!
"Onde?! E tu lá sabes o que é o Mercadito da Carlota?"
"Sei sim mãe, claro! É aquele mercado onde se vende o peixe fresquinho!"
Solto uma gargalhada que não resisti.
M. com cara de assombro!
"Ai! Espera lá! Esse mercado... o do peixe, tem outro nome mamã, não tem?!"
"Sim M. tem. Devias querer dizer o Mercado de Angeiras".
"Pois, tens razão! O Mercadito da Carlota vende roupa e sapatos... certo?!"
Desculpe Fernanda! Ups! São muitos mercados nesta pequena cabeça!
Só posso crer que a comparação tenha sido feita pela positiva. 
O Mercado de Angeiras é dos melhores locais do Norte para comprar peixe fresquinho e a bom preço. A M. só pode ter confundido os mercados porque também nos Mercaditos da Carlota não falta qualidade a preços irresistíveis! Agora daí até termos pregões e carapau fresquinho, é preciso ter uma imaginação muito fértil!

domingo, 10 de novembro de 2013

All you need is love...

Há pessoas que como eu escrevem por amor...
Outras há que correm por amor, transpiram a camisola...
Há ainda aquelas que por amor fazem o possível e mesmo o impossível... sobem montanhas e pegam uma estrela!
E depois há aquelas que tudo onde tocam transformam em amor puro!
Com quais destas pessoas se identificam?
O que seriam capazes por A-M-O-R?! Este sentimento tão nobre, tantas vezes tão inexplicavelmente profundo e tantas outras futilmente explicado.


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

De cabeça num qualquer astro, satélite ou estrela!

Ando mesmo com a cabeça no ar. 
Hoje, 8h15, chegada ao colégio. 
Estaciono.
M. desaperta o cinto de segurança, mãe vai pegar na mochila e lancheira no banco de trás do carro... e... quê dê?! Nem vê-las!
Ups! Olha que esta está boa. Chegar à escola sem mochila, sem lanche, sem caderno com TPC... excelente!
Não há tempo a perder! A M. entra no colégio sem mochila a soletrar: "Mau! Muito mau!". 
A mãe tenta disfarçar a loucura e manter a compostura! 
Às tantas a abelhuda não aguenta e lança boca fora, alto e bom som: "Mãe como foste esquecer-te da minha mochila!"
Morro ali! Se tivesse um buraquito, ainda que pequenino, que desse para me escapulir acreditem que o faria! Limito-me a corar e pedir-lhe em jeito de exigência! "M. cala-te!"
Graças a Deus existem os avós! E, vai daí, mãe desesperada liga ao avó M. que antes das 9 horas já estava de pé e cal no colégio a entregar o material faltoso da menina!
Digam lá que não ando louca?! Quase pareço a protagonista do filme Não sei como ela conseguemas claro sem aquela elegância toda em cima de um salto alto de não aguentar! Quisera eu!

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Mãeeeeeee! Where are you?!

Estou exausta! 
Apodera-se de mim um cansaço que apesar de também físico é muito mais emotivo e, que por isso, dói consideravelmente mais do que qualquer outro, de outra espécie ou género.
Sinto falta de viver a palavra família no sentido mais restrito... sinto falta de viver a minha família! E aí somos quatro e não apenas três! Sinto a ausência das nossas conversas ao jantar, mas também dos nossos silêncios. Sinto a ausência do corropio no corredor cá de casa, do pai a correr à apanhada com os filhos.
E já que falamos em corropio, os meus dias são passados numa correria sem tréguas, entre trabalho, colégio, colégio, trabalho, aulas de violino, catequese, e mais aulas de violino. A isto juntam-se os trabalhos de casa, os banhos, os ensaios de violino diários, as compras essenciais e, claro, as lides domésticas reduzidas ao mínimo.
Hoje não tenho tempo para mim. Se já me queixava no passado, hoje sei que de facto vivo para o trabalho e para os meus filhos. Chego a não ter sequer tempo para coisas básicas como tomar um banho relaxante, ou colocar creme hidratante no corpo, ou secar o cabelo depois do banho, ou fazer a depilação.
Mas tudo isto seria o de menos.
"Mãe vem buscar-me ao meio-dia!"
"Mãe não te esqueças de estar aqui quando eu sair do ballet!"
"Mãe não sais aí do banquinho até eu sair da catequese!"
"Mãe... mãe... mãe!"
Céus! Que é isto?!
Só pedidos... só exigências... 
Não esperava, é certo, que uma criança de cinco anos fosse o exemplo de perfeição mas exijo-lhe o mínimo - educação e respeito - o minímo que para mim qualquer pai ou mãe não apenas pode como deve exigir.
Acabo de escrever este post e hesitar a sua publicação. Mas, de facto é para isto que este cantinho, apesar de público, serve, para refletir o que me vai na alma, para me recordar daqui a meses e anos também as provações... porque a vida, queiramos ou não, gostemos ou não, é feita também de momentos menos positivos. Isso é que nos torna seres humanos e não máquinas. Isso é que nos faz valorizar ainda mais os bons e deliciosos momentos!

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Um menino precioso!

Tens cabelo d'oiro e um jeito dengoso de rapazinho mimalhote.
És bonequinho de imitação que gira, que salta, que ri ao espelho das sequências engraçadas que o mesmo reflete.
És meigo... mais doce que mel. De um doce que não enjoa, que nos lambuza e nos faz querer mais.
És fofinho, de um jeito que cativa quem te conhece bem e quem nada te conhece mas te nota na rua.
És engraçado, brincalhão e reguila. Um piratinha de perna ligeira e sorriso maroto que desafia a gravidade e se desafia a si próprio. 
És muito espertinho, de pateta não tens nada... sabes que com um sorriso rasgado, um abraço apertado e um olhar apertadinho nos cativas o coração.
És feliz filho, e isso para mim basta!



domingo, 27 de outubro de 2013

Abraço de mãe ursa

Não chores meus olhinhos de azeitona. Esses olhos merecem abrir-se a um mundo cor-de-rosa de princesas e fadas.
Não soluces minha boquinha de cereja! Acalma esse peito em desassossego e encosta-o ao meu. Sente como te protege!
Xiiiiiu... sossega! Deixa que o ar entre pelas tuas narinas nervosas e trémulas. 
Calma! O ar que saia dessa boca chorosa que quase grita a palavra saudade!
O ar entra, o ar sai... o ar entra, o ar sai... que melodia!
Recebe o meu abraço forte de mãe ursa que envolve o teu frágil corpo... sente que ele te embala, te protege, te conforta. Neste abraço tenho todo o amor que dentro de mim cabe... é um abraço de amor puro de uma mãe exigente que não te faz desistir e te incentiva a fazer melhor. Desta mãe que aborrece com sermões e ensinamentos para que cresças educada e feliz. Desta mãe birrenta e cansada que se aborrece com as respostas mal educadas e não tem tempo para brincadeiras e jogos porque o seu corpo não aguenta de cansaço.
Soluça filha, sem vergonha, porque no teu coração de filha mora a saudade que no meu coração também mora. Dos teus olhos espreitam lágrimas sentidas que dos meus brotam desenfreadamente e que pelo meu rosto, escondido nos teus cabelos, desabam sem perdão.
Xiiiiu! Sossega! Dorme meu anjo tão querido. Não reveles por aí o que aí dentro sentes... segreda-me só a mim, tua mãe, que nas entranhas te guardei, o que mora nesse coraçãozinho frágil, abre-o para mim e deixa que nele coloque um arco-íris que afaste dos teus lindos olhinhos inocentes essa chuva miudinha.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Time in@London

Londres recebeu-nos com sol e, apesar da chuva viajar comigo nos olhos e no coração, foi agradável puder caminhar pelas ruas sem guarda-chuva ou chapéu, sentir a aragem fresca na cara, mas sem magoar, pelo contrário, saboreá-la de forma agradável, e ver (ainda que demasiado rapidamente) espaços interessantíssimos, lojas giríssimas, livros encantadores, salões de chã muito cor-de-rosa com cupcakes e macarons.
Esta foi uma viagem de trabalho e não de lazer. Foram três dias intensivos (de muito trabalho e emotivamente stressantes) mas também agradavelmente passados.
Gerido bem o tempo ainda conseguimos almoçar num pub tipicamente british, com batatas fritas pré-fritas, hamburguer e ketchup; um jantar num restaurante de portugueses, muito bem frequentado e acolhedor, com uma comida excelente; um almoço light na praça, com direito a ouvir as crianças que brincavam no relvado, e uma sobremesa de apurar os sentidos; um jantar que só podia ser bem sucedido, e, um almoço divinalmente servido com toda a pompa e circunstância, com um serviço digno de qualquer Catarina de Bragança em Londres; e, tudo isto sempre em muito boa companhia. 
Hoje, já no Porto, de coração cheio e mais quentinho, só posso dizer que três dias só me abriram o apetite para conhecer esta cidade na melhor companhia possível - a do J. pai.
Por isso, fica prometido. London here we go!


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Mãe galinha, e?!

"Longe da vista, longe do coração!"
Mas quem inventou esta frase que não faz sentido algum?!
Hoje estou longe dos meus filhos e é impensável tê-los longe do meu coração, do meu pensamento... de mim!
Até sexta-feira estarei a pensar nele! 
A ouvir o choro mimado do J. que pede o meu colinho e a sentir o seu abraço na minha perna. A sentir o seu beijo molhado no meu rosto e o seu abraço apertado, fofo, quente, pequenino. A ouvir o barulho melodioso de bebé meloso que chucha no dedo encostado ao meu ouvido enquanto pousa a cabeça no meu ombro e fecha os olhos para dormir.
Até sexta-feira estarei a pensar nela!
A sentir a pequena mão da M. na minha enquanto esperamos na fila de trânsito, a olhar o seu rosto lindo a dormir serenamente ao meu lado (na minha cama agora que o pai não está por perto), a ouvir a sua voz sobrepor-se à minha na oração da noite, a sentir o seu beijo doce (de menina da mamã) antes de subir as escadas do colégio e olhar-me pela última vez como se não existisse ninguém mais perfeito que eu no mundo.Até sexta-feira o meu coração de mãe está apertado! 
Será que a M. chegou a horas ao colégio? 
Será que o J. comeu melhor hoje? 
Será que a M. fez os trabalhos de casa? 
Será que o J. adormeceu sem a maminha da mãe? 
Será que a M...?! 
Será que o J...?!
Depois de sexta-feira terei todo o tempo do mundo para abraçá-los, enchê-los de beijos molhados, derretê-los de cócegas e cansá-los de brincadeira. 
Darei as boas-vindas de bom grado ao fim-de-semana e, sábado, já tudo terá passado!

P.s. afinal a viagem à terra da Rainha também tem coisas positivas: dormir duas noites como já não o faço há muito tempo e escrever este post a horas decentes! Quanto ao resto? Veremos! Depois de tanto esforço só pode correr bem! ;)

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Quem me dera ser criança para caber aqui!

Para as mães das 5 às 8, ou das 8 às 5...
Para mães 24 horas ou 24 minutos por dia apenas...
Para mães de meninas que tal como eu adoram pormenores...
Fica uma sugestão que estou certa irão adorar!
Pequenos pormenores, que fazem a grande diferença. Detalhes handmade delicamente elaborados por alguém que com bom gosto e muita mestria faz do simplesmente banal uma autêntica peça de arte de palmo e meio.
A Cob Kids é mais um projeto bem sucedido de mulheres do Norte. Iniciou há seis anos e é de tal forma um sucesso que hoje conta com uma linha de modelos de sonho, alguns de edição limitada e exclusiva, que delicia qualquer mãe.
Tudo é criado, confeccionado  e gerido em Barcelos (a cidade do galo que já não canta, pudera a Troika até ao galo tirou o pio!), com extremo cuidado, elegância e diferenciação, num espaço que recebe pequenos e graúdos de forma tão especial como as peças que comercializa. 
Não deixem de espreitar! Os portes para Portugal são grátis!


 

Monólogo de uma miúda

"Mamã não chores... vai correr tudo bem! O papá vai fazer novos amigos, vais ver!"
Silêncio profundo... suspiro do fundo da alma... olhos assustados e boquinha que treme.
"Ele vai demorar muito a chegar?! Quantos dias!?"
"O papá chorou mamã! Ele também sente a nossa falta! Se calhar não queria ir! As famílias não deviam separar-se, não achas mãe!?"
"Quando o papá voltar vou estar 1 centímetro mais crescida. Ou um metro!!!"
"J. abraça a mãe e dá-lhe um beijinho como deste à mana! Agora és o homenzinho cá de casa! Dá miminhos à mamã que ela está triste!"
Choro... choro... e mais choro... 
"Tenho saudades do pai! Pede-lhe para vir hoje! Quero o meu papá"
"Mãe e se fingissemos que o papá está connosco a fazer compras?! Não vamos pensar que ele está longe, vamos fingir e não teremos tantas saudades!"
"Anda cá mamã, vou limpar-te as lágrimas. Não gosto de ver a minha mamã linda chorar!"
"Quando o papá vier vou ter uma surpresa para ele! Vou fazer-lhe um desenho e escrever: Querido papá, serás sempre o meu herói!"

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Pa pe pi po pu... diz agora tu!


P de palavras... soltas, ditas em voz alta, por voz de poeta.
P de papel acariciado por pincel pescilento de tinta.
P de palermice, pateta e parvo.
P de profissão! De professora que premeia um por favor educado.
P de palhaço sempre em pé!
P de pão nosso de cada dia, partido com a mão e partilhado.
P de picnic, de pão e paio.
P de pião, que rodopia em cima da pipa.
P de pá, de praia.
P de papa de bebé e pópó do avó.
P de pato de duas patas.
P de perfeitamente possível, amar eternamente.
P de perdão, sofrido e num silêncio mudo.
P de paixão, imperdível, de peito aberto.
P de princesa, pequenina, que habita num palácio de perguntas, perdida à espera de respostas. 
P de passarinho que voa e paira na minha janela trazendo consigo o sol.
P de perfume, de papá... P de Pai!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Quem não tem unhas, não toca guitarra!

O que se passa com as miúdas de 5/6 anos (a minha incluída)? Já se julgam gente ou quê?!
Unhas pintadas, lábios de cor escarlate e trejeitos de gente crescida?! 
Pleeeeease! Tirem-me deste filme! 
Em casa acho até super giro que as meninas brinquem ao faz-de-conta que sou  uma barbie, mas fora de casa? No colégio?! Há limites minha gente!
A M. tem aparecido frequentemente com as unhas pintadas à hora de almoço, quando a vou buscar ao colégio. Não gosto que ela o faça, e confesso-me um pouco desiludida com a permissividade das auxiliares de acção educativa face à situação.
A primeira vez estranhei mas pensei: "coisas de miúdas!". Expliquei-lhe que não era bonito, que podíamos fazê-lo em casa no fim-de-semana as duas mas que meninas da sua idade não deviam fazê-lo, que são coisas de mamãs e que esse tipo de produtos não são adequados a crianças, etc. Facilmente chegadas a casa, sem birra, retiramos o verniz rosa choque.
No dia seguinte, mãos escondidas atrás das costas. Não evito o meu olhar nº 360 de bruxa má. Do outro lado um grande sorriso de orelha a orelha e duas mãos de unhas pintadas... e de cor diferente! Uma mão de amarelo e a outra de azul (Lindo! Digno de se ver!). 
Confesso que não achei piada nenhuma! Ralhete! Alerta amarelo (ainda mais amarelo que as unhas da sua mão direita) para possível castigo se a coisa continuar!
Mãe tranquila! Com sensação de dever cumprido e mensagem transmitida! "M. verniz nem pensar! No colégio menos ainda! E apenas quando a mãe decidir que podemos fazê-lo, em casa, nas nossas brincadeiras de faz-de-conta que és gente crescida!"
Ufa! Interiorizado... pensei eu!
3º dia... mãe desesperada... fula mais precisamente! A mesma hora, o mesmo contexto geográfico e umas lindas unhas (e cutículas) pintadas de rosa vivo!
Mãe cabisbaixa! Furiosa! Não profere uma palavra sequer apenas lhe dirige um olhar sem número... desprezante!
Olhar da M. disperso! Boca que não fala mas olhos que dizem "Não sei o porquê dessa reação minha menina-mãe?!"
Entramos no carro. Continua o silêncio!
"Mãe?"
"Mãeee?!"
"Mãeeeeeee?!"
"Não me ouves?!"
"Não M... tu também não me ouves porque te hei-de ouvir eu?! Disse-te que não queria mais unhas pintadas e o que vejo eu hoje?!"
"Estás assim por causa das minhas unhas?!" (dah mãe! Por favor! Não sejas birrenta!)
"Claro que sim M. tinhamos conversado, entendestes claramente o que te disse... por isso não percebo o que vejo hoje?!"
"Mãe! Por favor! Tu disseste: M. não quero que pintes mais as unhas com verniz, certo? Eu assim fiz! Hoje não pintei as unhas com verniz... pintei as unhas com um marcador de feltro super especial da C.!"
Tirem-me deste filme, por favor! Juro que comprei bilhete para a sessão errada! Não sei se ria, não se se chore!
Daqui a nada aparece-me em casa com unhas de gel,
manicure francesa ou qui ça nerviz gel! Tenham dó de mim!